Na sexta-feira (24), a prefeitura de São Paulo anunciou que vai adiar o carnaval do próximo ano por conta da pandemia. O carnaval é a festa mais popular do Brasil, e estava previsto, como de costume, para acontecer no mês de fevereiro.
A nova data ainda não foi anunciada, mas a Liga das Escolas de Samba da capital sugeriram que seja realizada no final de maio ou começo de julho. Os blocos de carnaval de rua também foram consultados e concordam com o adiamento.
O prefeito Bruno Covas disse que “Estamos falando de um desfile que no ano passado levou 120 mil pessoas e trouxe um benefício econômico de 207 milhões de reais, e blocos de carnaval que juntaram 15 milhões de pessoas, com um benefício de 2 bilhões de reais”.
Cerca de duas semanas, a festa do ano novo que é realizada há mais de vinte anos na Avenida Paulista foi cancelada.
Sem a vacina disponível, não há a possibilidade do poder público garantir que não tenha aglomeração nas grandes celebrações.
Os eventos como a Parada do Orgulho LGBT+ e a Marcha para Jesus devem ser realizados online.
O governador do estado, João Doria (PSDB) já tinha antecipado que o Carnaval só será realizado no estado após a vacina.
“Não é hora de festas, encontros e celebrações. Nós não temos de celebrar o ano novo nem o Carnaval diante de uma pandemia. Apenas com uma vacina pronta, aplicada e a imunização feita é que poderemos ter festas que fazem parte do calendário do país, mas neste momento, não”, afirmou o governador no último dia 15.
Adiamento do carnaval em outros estados
No Rio de Janeiro, as escolas de samba que integram o Grupo Especial, adiaram para o mês de setembro a decisão do evento.
De acordo com as representantes das 12 escolas, por conta da indefinição causada pela pandemia da coronavírus e enquanto não houver vacina para combater a doença, as datas previstas dos desfiles do ano que vem, 14 e 15 de fevereiro, podem não ser mantidas.
Em Salvador, uma das capitais mais tradicionais do carnaval do país, deve anunciar o adiamento da festa.
O prefeito, ACM Neto, disse em entrevista coletiva que “se não houver vacina ou clareza em relação à imunidade coletiva até o mês de novembro, então pode ser que a prefeitura não tenha elementos de segurança para manter o carnaval”.