A aprovação de um acordo na União Europeia que tratava de uma ajuda financeira aos países mais atingidos pela pandemia do coronavírus, deixou o dia com um clima mais otimista no exterior. E não impediu que o dólar registrasse uma queda considerável no Brasil.
A moeda americana terminou a sessão de ontem (21) com uma desvalorização de 2,49% cotada a R$5,20. Este é o patamar mais baixo desde o dia 23 do mês passado, ocasião em que o dólar fechou em R$5,15. Na máxima, a divisa alcançou R$5,31.
Já a Bolsa brasileira, não teve um dia tão positivo e ficou instável quando comparamos com os pregões do exterior que tiveram uma terça-feira de bons resultados em sua maioria.
O mais importante índice do mercado brasileiro, o Ibovespa, terminou o dia com uma pequena queda de 0,11% aos 104.310 pontos.
Logo no inicio do dia, o Ibovespa bateu em 105 mil pontos, porém os analistas alegaram que não há fatos novos que sustentem uma alta da Bolsa maior que esse patamar atingido. Por isso, o índice devolveu os ganhos.
Fora do Brasil, o dollar spot, índice da Bloomberg que monitora o comportamento da moeda americana frente a uma cesta de divisas, recuava 0,65% ao término dos negócios no Brasil.
A analista de ações da Spiti, Cristiane Fensterseifer avaliou que no exterior, a grande notícia do dia foi o acordo na União Europeia com o pacote de 750 bilhões de euros (390 bilhões em subsídios e 360 bilhões em empréstimos) para auxiliar a economia da região.
Já para o Brasil, Cristiane afirma que o envio da primeira parte da Reforma Tributária para o Congresso é de extrema importância para solucionar o déficit fiscal do país.
As mais importantes ações do índice fecharam em alta: as ordinárias (ON, com direito a voto) da Petrobras subiram 2,09%, enquanto as preferenciais (PN, sem direito a voto) ganharam 2,77%.
Os ganhos dos papéis da estatal foram amparados por uma alta no preço do petróleo no exterior.
As ações PN do Itaú tiveram um aumento de 1,47%, ao mesmo tempo em que os papéis PN do Bradesco tiveram ganho de 2,70%.
O destaque negativo ficou para os papéis da Vale, que caíram 1,81% e empurraram o Ibovespa para o campo negativo.
Na manhã desta quarta-feira (22), o dólar opera em R$5,11 valor ainda menor do que o último recorde alcançado em junho.