Nesta quarta-feira (15), a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia informou que reduziu para 2,09% a estimativa de inflação neste ano de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Com isso o salário mínimo 2021 deve sofrer queda também.
Caso essa redução se confirme e não mude o cálculo do salário mínimo, o reajuste para o piso de 2021 também deve ser menor do que o estimado antes pela equipe econômica do governo.
Se esta nova previsão para o INPC de 2,09% se confirmar, a correção elevará o salário mínimo para R$1.066,84 a partir do mês de janeiro.
O valor do aumento é R$12,15, sendo assim será menor do que os R$1.079 que eram estimado em abril deste ano.
Segundo informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo é referência para 49 milhões de trabalhadores no país.
O valor para o ano de 2021 vai sofrer novas alterações no decorrer do ano, tomando como base as projeções da inflação para este ano.
Na lei que foi enviada para o Congresso neste ano, está prevista a correção do salário mínimo apenas pela inflação, tendo base a estimativa do INPC.
Caso isso aconteça, não terá “ganho real”, ou seja, não será dado o poder de compra de quem recebe salário mínimo permanecerá inalterado.
O formato já foi adotado neste ano, quando a área econômica concedeu um reajuste apenas com base na inflação do ano passado, de 2019.
Sendo assim, o governo mudou a política de aumentos reais que vinha sendo implementada nos últimos anos, que foi proposta pela presidente Dilma Rousseff e aprovada pelo Congresso.
Essa política de reajustes pela inflação e variação do PIB vigorou desde o ano de 2011 a 2019, mas o salário mínimo nunca teve um alta acima da inflação.
Nos anos anteriores, em 2017 e 2018 foi realizado um reajuste tendo como base apenas a inflação, pois o PIB dos anos anteriores teve retração. Por conta disso, para que seja cumprida a fórmula proposta, apenas a inflação foi utilizada como base do aumento.