Brasileiros pagarão mais caro pela gasolina. Nessa quinta-feira (18), a Petrobras informou que aplicará reajustes no valor de distribuição dos combustíveis. De acordo com o ofício, o preço do diesel será acrescentado em 8% e a gasolina em 5%, a partir já desta sexta-feira (19). Trata-se do segundo aumento somente no mês de junho, tendo em vista que no último dia 9 a estatal já havia realizado uma correção de 10% em comparação aos últimos 30 dias.
Segundo os analistas do setor, o motivo das modificações está associado a recuperação nas cotações do petróleo no mercado internacional, iniciada desde o mês de abril. Com o acordo feito entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o produto voltou a recuperar sua demanda de produção e com isso sua valoração foi retomada.
Mediante a este cenário, nos últimos dias o petróleo Brent internacional apresentou ganhos de mais de 100%, sendo o maior número desde o mês de abril, quando foi comercializado a menos de 15 dólares, o menor valor dos últimos 21 anos.
Pronunciamento da Petrobras
Ao anunciar os reajustes, a marca informou que manterá sua política de preços cuja finalidade é acompanhar os valores de paridade de importação. Com a valorização do petróleo no mercado internacional, tendo um maior custo para seu transporte mediante as taxas portuárias, o produto tende a ficar mais caro no mercado local.
Além disso, as variações das taxas de câmbio e do dólar também influenciam nesse processo de decisão da venda. Somente os últimos dias, a moeda americana foi reajustada em mais de 10% contra o real, reforçando ainda mais o aumento do combustível.
No que diz respeito ao impacto dessas mudanças no bolso dos consumidores, ainda não se sabe o valor exato. O reajuste não será de caráter imediato e levará em conta a margem da distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de biodiesel.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sergio Araujo, os preços médios de defasagem ainda irão se manter, uma vez em que será preciso que os produtos já estocados sejam vendidos, e apenas em uma nova remessa é que os postos de gasolina deverão pagar mais caro.