A moeda americana opera em alta pelo 7º dia seguido nesta quinta-feira, 18, e supera novamente o índice de R$5,30, após o Copom decidir pela redução da taxa básica de juros de 3% para 2,25%. Esta diminuição já era aguardada pelos mercados e a alta no dólar foi impactada também pelo noticiário politico, após a prisão do ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz.
Ao meio dia, o dólar subia 1,62%, e era vendido a R$ 5,3460. Na máxima até o presente momento, atingiu R$ 5,3765. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, opera em alta de mais de 1%.
Ontem (17), a moeda americana fechou o dia em alta de 0,46% a R$5,2607, consolidando o sexto dia de alta seguido. Porém no mês, o dólar ainda acumula uma queda de 1,42%. No ano, a alta é de 31,20%.
Cenário no Brasil reflete no dólar
O grande destaque dos noticiários na manhã de hoje foi a prisão de Fabrício Queiroz, ex assessor do senador Flávio Bolsonaro. Fabrício é policial aposentado e foi encontrado em um imóvel do advogado do parlamentar e da família Bolsonaro, em Atibaia (SP), em um desdobramento da investigação sobre ‘rachadinhas’ na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Na agenda de indicadores, o Banco Central revelou que o nível de atividade da economia brasileira registrou um encolhimento de 9,73% em abril, quando comparado com o mês de março, segundo o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), tido como uma forma de previsão do PIB (Produto Interno Bruto). Trata-se da maior queda desde 2003.
Ontem, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) reduziu a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic de 3% para 2,25% ao ano.
Esta diminuição da Selic a mínimas sucessivas tem servido de impulso para o dólar, já que transforma os rendimentos locais ligados aos juros básicos menos chamativos para o investidor estrangeiro, prejudicando o fluxo de recursos para o Brasil e, consequentemente, o mercado de câmbio.
Exterior
Fora do Brasil, a precaução permanecem, com novos picos nos casos de Covid 19 na China e também em alguns estados norte-americanos que causam o medo de uma segunda onda de contagio, o que pode atrasar ainda mais as esperanças de uma recuperação rápida da economia.