Seguindo a tendência de queda, o dólar comercial foi negociado a R$4,986 na manhã desta sexta-feira (5). O patamar foi marcado as 10h20, quando caiu 2,84% e pela primeira vez desde de 26 de março, a moeda americana operou com valor inferior a R$5.
O Ibovespa, mais importante Bolsa de Valores do Brasil, permaneceu em alta hoje e subia 3,31%, registrando 96.932,539 pontos. O Ibovespa vem de três altas seguidas.
Ontem (4), o dólar comercial valorizou 0,891% e fechou a R$5,132 na venda. Já o Ibovespa valorizou 0,89%, fechando o dia a 93.828,609 pontos.
O valor da moeda americana divulgada diariamente é referente ao dólar comercial. Os valores para compra da moeda para viagens em corretoras de câmbio e compras internacionais é maior.
Cenário político brasileiro
No Brasil, a atenção esta voltada para os desdobramentos da politica, com a expectativa de prováveis acontecimentos neste final de semana.
Jair Bolsonaro voltou a se referir aos manifestantes de grupos pró-democracia que não apoiam seu governo de “marginais e terroristas”, e solicitou que as forças de segurança reprimam as manifestações marcadas para domingo se os grupos “passarem” do limite.
Mesmo que tenha recuado desde que atingiu valores recordes perto de R$ 6 em meados de maio, o dólar ainda acumula alta de cerca de 25% contra o real no ano de 2020, que foi atrapalhado diante de um cenário de incertezas políticas, juros baixos e fortes impactos econômicos que a pandemia do coronavírus causou.
Exterior é otimista
Os investidores estão otimistas após receberem dados melhores do que era projetado para o emprego nos Estados Unidos e também pela retomada da atividade econômica, após o relaxamento das medidas de isolamento social.
No relatório de emprego do governo dos Estados Unidos divulgado hoje, os dados mostram que a taxa de desemprego caiu em maio, indo de 14,7% no mês de abril para 13,3%. Participantes do mercado informaram que a leitura foi melhor do que a projetada, podendo sinalizar que o pior momento da crise econômica causada pelo coronavírus pode ter passado.
Outro fator animador é a aprovação do Banco Central Europeu de uma expansão maior do que a esperada em seu programa de estímulo para impulsionar suas economias, ampliando as compras de ativos emergenciais em 600 bilhões de euros, para 1,35 trilhão de euros.