Novamente o presidente voltou a defender o fim do isolamento social e a reabertura do comércio. Bolsonaro alega que o Brasil só não sofreu uma onda de saques e violência porque a população pode contar com o auxílio emergencial de R$600. Ele se mantém dizendo que como esta ajuda tem um prazo de duração de 2 meses, o comércio precisa reabrir, senão o país terá problemas seríssimos.
Em suas entrevistas no Palácio da Alvorada, o presidente aproveitou o discurso de um apoiador para confirmar seu posicionamento.
O apoiador da Bahia, é microempreendedor e teceu críticas ao governador Rui Costa (PT) e ao prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). Na ocasião, o cidadão defendeu que o comércio deve ser aberto, e Bolsonaro o levou para discursar em frente aos jornalistas presentes.
Ao afirmar que o auxílio emergencial é o que está livrando o país da violência, Bolsonaro disse que:
“Desde que começou (a quarentena), eu falei que não poderíamos abandonar a questão do desemprego. Chegou a um nível insustentável. O que está mantendo o Brasil longe de saque e de violência são só R$ 600 (do auxílio emergencial), que tem um limite para acabar daqui a dois meses. Se a economia não voltar a funcionar até lá, teremos problemas seríssimos no Brasil” afirma.
Bolsonaro sempre foi a favor da volta da normalidade das atividades econômicas e faz duras críticas aos prefeitos e governadores que são favoráveis ao isolamento, o que segue mantendo o comércio fechado.
O presidente também criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou que as definições sobre a reabertura das atividades ficam a cargo das autoridades estaduais e municipais.
O auxilio emergencial até o momento, será pago por três meses aos beneficiários. O pagamento das próximas parcelas será decidido nas próximas semanas. As dúvidas e problemas relacionados ao auxílio tem causado enormes filas nas agências da Caixa Econômica em todo o Brasil.
Sindicato pede reabertura do comércio
O Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo (Sindilojas-SP), encarregado de representar 30 mil empresas do comércio lojista e cerca de 100 mil empresários da cidade, reforçou o pedido ao governador João Dória para que reabertura do comércio de rua e também dos shoppings da capital acontecesse no dia 1° de maio.
A maior preocupação do sindicato é com os lojistas que podem não conseguir se manter ao perder uma data importantíssima como dia das mães.
A comemoração acontece no próximo domingo, dia 10. Com a taxa de isolamento caindo cada vez mais, o governador de São Paulo ameaçou alterar a data de reabertura dos comércios, agendada para a próxima segunda-feira (11).