Desde 2009 o governo federal oferece condições especiais para financiamento de imóveis no país para pessoas de baixa renda. Desta vez, o Minha Casa Minha Vida está com a entrega atrasada de dois empreendimentos na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro.
De acordo com a reportagem do O Globo, não form feitas as entregas do condomínio Jardim das Paineiras, no Badu, que tem 540 apartamentos e cuja previsão inicial de entrega era junho de 2018; e o Poço Largo, no Sapê, conjunto de 280 unidades previsto para ficar pronto em dezembro de 2018.
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Eles destacam que as obras estão paradas e abandonadas. Não foram encontrados vigilantes, nem operários no local. A reportagem destacou que prédios e apartamentos, ainda incompletos, estavam cercados por sujeira e mato alto. Além de ter a presença de animais, a exemplo de um cavalo, circulando em meio a fezes em um dos quartos do imóvel.
Os prédios construídos seriam destinados às famílias que moram em áreas de risco ou que perderam suas casas em tragédias, a exemplo da que ocorreu em novembro de 2018 no Morro Boa Esperança, em Piratininga.
A última previsão para a conclusão das obras era no fim de 2019, como garantiu no início do ano passado o secretário municipal de Habitação, Beto da Pipa, mas o prazo não foi cumprido.
Um outro imóvel, o condomínio do Poço Largo, não pôde ser entregue em dezembro passado. O atraso foi observado por causa de um acidente, no qual um pedaço do muro que o cerca deslizou num barranco.
Com o feito, parte do solo afundou numa área entre os prédios e a contenção. O muro foi reconstruído, mas as profundas rachaduras no chão permanecem e o empreendimento segue desabitado.
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Assim como os demais espaços, o conjunto do Sapê também não tem vigilância e está em situação de degradação. A reportagem do Globo encontrou no ambiente materiais cortantes espalhados pelo chão e locais com água parada, ambientes propícios para a proliferação de doenças.
Em resposta aos problemas do Minha Casa Minha Vida, a Secretaria de Habitação detalhou que “vem acompanhando as tratativas da Caixa, que é a responsável pelas obras dos dois empreendimentos”. Já a Defesa Civil emitiu nota no qual garante que há a vistoria dos locais, com procedimento feito desde 2018. Por fim, a Caixa não respondeu à reportagem.