Guedes quer reduzir em 70% subsídios do Minha Casa Minha Vida

Lembrado por polêmicas após as suas declarações recentes, o ministro da Economia Paulo Guedes volta a ter atenção. Dessa vez, a equipe econômica deseja reduzir em até 70% os subsídios vindos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), para as famílias do programa Minha Casa Minha Vida.

Subsídios do Minha Casa Minha Vida serão revisados com novo financiamento
Subsídios do Minha Casa Minha Vida serão revisados com novo financiamento (Foto: Reprodução Google)

A nota publicada pelo Jornal o Globo, conta que a proposta da pasta é diminuir a quantidade de descontos por meio do FGTS destinados ao programa. O valor passaria de R$9 bilhões para R$3 bilhões em 2020 e 2021.

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A equipe econômica alega que é preciso melhorar a rentabilidade das contas vinculadas ao FGTS. No ano passado, o orçamento do Minha Casa Minha Vida foi de R$4,6 bilhões. Já em 2020, o total foi de R$2,7 bilhões.

A ex-ministra do planejamento Miriam Belchior, chegou a declarar no fim do ano passado que o governo do atual presidente Jair Bolsonaro, caminhava a passos largos para extinguir o Minha Casa Minha Vida. Miriam já ocupou também a presidência da Caixa Econômica Federal.

Caso a atual proposta seja aceita, o subsídio as famílias ficariam em torno de R$1 bilhão. O restante no valor de R$2 bilhões ficaria destinado ao pagamento dos custos da Caixa Econômica Federal que é o agente financeiro do FGTS.

Os benefícios do Minha Casa Minha vida são destinados para famílias cuja renda mensal fica entre R$2,6 mil e R$4 mil no momento do acerto do financiamento.

O desconto com o subsídio, pode ser de até R$47,5 mil do valor total da quantia financiada. Isto, claro, varia de acordo com a renda de cada família.

O programa Minha Casa Minha Vida completou em 2019 10 anos de existência, e neste período 2.974 milhões de famílias já foram beneficiadas pelo benefício.

Ouvidos pelo jornal O Globo, técnicos informaram que existe uma resistência dentro do conselho curador do FGTS e que o assunto será debatido em uma reunião na semana antecedente ao carnaval.

Nomes que têm ligação com a construção civil apontam que o FGTS tem a função de social de investimento em áreas de habitação, especialmente para pessoas de baixa renda e em projetos de mobilidade e saneamento básico. Sendo assim o montante de R$ 1 bilhão não seria suficiente para atender estas demandas.

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A ala contrária, declara também que a afirmação do governo sobre a mudança ser para o benefício de trabalhadores cotistas do FGTS é inverídica, já que os trabalhadores já serão beneficiados com a divisão dos lucros do Fundo e irão receber a correção da inflação em suas respectivas contas.

 

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.