A concessão do auxílio doença sem perícia médica presencial deve acabar com a fila de espera do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A perícia online, por meio de atestado médico, tem como intuito diminuir o tempo médio de concessão.
O INSS possui hoje uma fila de espera de quase 600 mil pedidos para perícia médica. Diante disso, o tempo médio de concessão de benefícios que precisam desse serviço é de 90 dias. Essa situação se agravou desde o início da pandemia de Covid-19 e o fechamento das agências.
Após um ano de pandemia, são poucas as unidades que estão aptas a oferecer a perícia médica. Por esse motivo, a fila de espera só faz aumentar e a quantidade de atendimentos se mantém reduzida.
Diante disso, o Instituto desenvolveu no ano passado um adiantamento do auxílio doença e BPC (Benefício de Prestação Continuada) sem a perícia médica. Para este ano, devido ao avanço da pandemia e as medidas sociais restritivas, assim como o grande número de segurados na fila de espera, o órgão decidiu criar outra solução.
O auxílio doença 2021 será concedido aos casos considerados de simples constatação. Dessa maneira, será paga aos trabalhadores que apresentarem atestado médico, exames e receitas médicas comprovando o direito ao benefício.
Segundo o INSS não é possível, neste momento, saber exatamente qual será a redução da fila de espera por perícia médica. Porém, a expectativa é que o tempo para a concessão seja reduzida e que o atendimento aos segurados seja otimizada.
O envio dos documentos será de forma remota, por meio do site ou aplicativo Meu INSS. Dessa maneira, não será necessário, em nenhum momento, o comparecimento do segurado nas agências do Instituto.
A concessão do auxílio doença por meio de perícia online será feita de forma experimental. Caso seja comprovada a sua eficácia, pode vim a ser adotada pelo INSS. Com isso, pode se tornar uma ferramenta do órgão na concessão de benefícios.
Como dito anteriormente, essa modalidade só será usada em casos de simples comprovação do direito. Dessa maneira, outras doenças, como degenerativas e crônicas não entrará nessa ferramenta. Mesmo assim, essa medida trará benefícios para os segurados e para o Instituto.