Governo federal poderá manter o auxílio emergencial 2021 até o fim do ano. Nas próximas semanas, a Caixa Econômica dará início ao pagamento das mensalidades do coronavoucher. Após meses em análise, a renovação do benefício foi aprovada e deverá ser concedida ao longo dos próximos 4 meses. Porém, de acordo com o texto de sua MP, há chances de uma nova extensão.
Os segurados do auxílio emergencial deverão ser contemplados a partir do mês de abril. Depois de determinar as regras de concessão e valores do projeto em 2021, o governo organiza as datas para que o pagamento passe a ser liberado.
De acordo com a previsão inicial concedida pelo ministério da economia, ao todo serão disponibilizadas quatro parcelas com valores entre R$ 150 e R$ 375. No entanto, a MP que validou a renovação do projeto garante a autorização de sua manutenção até o mês de dezembro de 2021.
O texto da MP (medida provisória) nº 1.039, de 18 de março, estabelece que “o período de quatro meses poderá ser prorrogado por ato do Poder Executivo, observada a disponibilidade orçamentária e financeira”.
Até o momento a equipe econômica e social do governo não mencionou a probabilidade de uma segunda extensão para este ano. Porém, há de se esperar que a medida seja adotada tendo em vista os números da covid-19 que estão ainda piores que 2020.
Definição e possível reajuste orçamentário
Inicialmente, o investimento no programa será de R$ 43 bilhões que serão utilizados para custear essa rodada. Porém, havendo o prolongamento para o segundo semestre, o ministro Paulo Guedes terá que fazer um novo reajuste orçamentário.
“O fato de as pessoas terem um financiamento para poder comprar, isso gera emprego também, porque ninguém pega o dinheiro para colocar na poupança, as pessoas estão precisando comprar alimentação, tem despesa aqui e agora”, afirma o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, ao defender a permanência do projeto.
Ele explica que há ainda um debate para que a mensalidade volte a ser de R$ 600, como nas rodadas passadas.
“Precisamos buscar todos os meios para evitar a fome, porque as pessoas não vão ficar paradas. A gente fala de lockdown, para as pessoas ficarem em casa, mas como vão ficar em casa se não têm como subsistir?”, diz o dirigente.