Governo libera mais 90 dias de carência para pagar empréstimo no Pronampe

Nesta segunda, 8, Carlos da Costa, secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, comunicou que o governo prorrogou por mais três meses o prazo de carência dos empréstimos concedidos a empresários através do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).

Governo libera mais 90 dias de carência para pagar empréstimo no Pronampe
Governo libera mais 90 dias de carência para pagar empréstimo no Pronampe (Imagem FDR)

O programa criado em maio de 2020. A fim de funcionar como uma ajuda aos empresários para que eles pudessem enfrentar os impactos econômicos causados pela pandemia do coronavírus. 

O Pronampe permitia que o empresário pegasse até 30% de seu faturamento em empréstimo com pagamento em 36 vezes, e juros de até 1,25% acrescido da taxa Selic.

Inicialmente, o programa tinha um prazo de carência de oito meses e os empréstimos deveriam começar a ser pagos neste mês. No total, as três fases do programa em 2020 emprestaram R$ 37,5 bilhões a 517 mil empresários.

“O Ministério da Economia acabou de aprovar uma extensão de três meses na carência. Ou seja, aquele empresário que tomou recursos em agosto e que teria que começar a pagar agora […] terá mais três meses, no meio dessa situação muito difícil, para ter um pouco de alívio”, disse o secretário.

De acordo com Costa, o governo está articulando um projeto de lei para autorizar que recursos do Pronampe que não foram utilizados no ano passado (cerca de R$2 bilhões) sejam utilizados  em 2021.

Por fim, o secretário disse que está negociando com o Senado mais R$4,8 bilhões para auxiliar as empresas neste momento complicado.

Setor de serviços deve disparar no desemprego

O pesadelo causado pela pandemia em 2020 está voltando a assombrar as empresas. Com as reservas financeiras fadigadas e caixa em baixa, em especial no setor de serviços, que equivale a 70% do PIB do Brasil, os especialistas e empresas acreditam em um novo crescimento no desemprego.

Os especialistas consideram que a demora do governo em retomar as medidas implantadas no ano passado, aumentam os danos na economia do país. A pandemia causou o fechamento de 300 mil bares e restaurantes, colocando fim em um milhão de postos de trabalho.

A pesquisa da Abrasel (Associação de Bares e Restaurantes) mostrou que 80% dos negócios deste segmento afirmam que irão fechar as portas, caso o BEm não seja retomado.

Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.