Os parlamentares articulam para que os profissionais das forças de segurança não tenham o salário congelado, como está previsto na PEC Emergencial (Proposta de Emenda à Constituição). Essa mudança no texto pode atrasar a liberação do novo auxílio emergencial.
Os Deputados da base aliada ao presidente da república defendem que os trabalhadores das forças de segurança não devem entrar nas regras fiscais propostas pela PEC, e aprovada pelo Senado Federal na semana passada.
Entre as sugestões da PEC Emergencial estão o congelamento do salário de servidores públicos. Ou seja, a proibição do reajuste salarial para esses trabalhadores, a fim de obter recursos e espaço no orçamento para financiar o novo auxílio emergencial.
Porém, se a sugestão dos deputados for aceita, o texto passará por mudanças na Câmara dos Deputados e atrasará a liberação de novas parcelas do auxílio emergencial, previstas para iniciar o pagamento ainda este mês.
A PEC Emergencial está prevista para ser votada na Câmara dos Deputados na próxima quarta-feira (10). Para ser promulgado, o texto precisa ser aprovado na Casa sem nenhuma inclusão de emendas. Caso isso não ocorra, a PEC retorna para outra análise no Senado Federal.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), informou aos parlamentares aliados que pode aceitar um acordo pela alteração, desde que não desfigure a proposta original, a fim de não atrasar a tramitação do projeto.
A ideia de Lira era levar o texto direto ao plenário, sem precisar passar por nenhuma comissão especial, tudo para agilizar o processo de pagamentos do novo auxílio emergencial à população mais carente do país.
Lira falou nos bastidores, que se o texto apresentar muitas modificações a pauta não será levada diretamente ao plenário. Com isso, a votação demorará um pouco, afetando assim, muitos brasileiros.
Os parlamentares aliados ao presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido), como o líder do PSL, Major Vitor Hugo (GO), e do PL, Capitão Augusto (SP), acreditam que a sugestão deve prosperar, mas que isso fará o texto voltar ao Senado.
“Vamos tentar tirar os profissionais da segurança. Nossa assessoria está verificando essas possibilidades. Vamos construir esse texto… É melhor um acordo”, disse Capitão Augusto quando questionado sobre o apoio a modificação da PEC.