Presença escolar poderá ser obrigatória na rede pública de São Paulo. Nessa semana, o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, informou que as instituições de ensino terão que acionar o Conselho Tutelar caso os pais não deixem seus filhos irem as aulas por causa do novo coronavírus. A medida deverá ser válida na etapa da fase amarela.
Desde o início da pandemia do novo coronavírus, as instituições de ensino públicas e privadas passaram a suspender as aulas presenciais. No entanto, com o início da campanha de vacinação, em São Paulo, os alunos da rede municipal e estadual poderão ser obrigados a comparecerem as escolas.
De acordo com a gestão pública, a medida ainda vem sendo analisada, mas não será totalmente descartada, caso necessário. A defesa é de que a educação das crianças e adolescentes deve ser vista como prioridade entre o governo e seus responsáveis.
“Se chegarmos à fase em que for obrigatório, a escola terá que fazer os procedimentos que sempre faz. Se houver abandono, o Conselho Tutelar e as autoridades vão obviamente conversar com essas famílias. A educação é obrigatória“, afirmou.
Controle da pandemia para reabertura das escolas
O secretario informou que a ação só será implementada quando o estado estiver na fase amarela de contágio pela covid-19. Nesse momento, as escolas seguem no modelo hibrido, onde parte das aulas ainda permanecem sendo online.
Rossieli explicou que haverá uma espécie de transição para que até 70% dos alunos registrem suas presenças.
“Como mudou [de fase] na sexta-feira [5], seria muito complicado mudar de uma sexta para uma segunda”, justificou. O aumento do percentual, ainda segundo o gestor, ocorrerá de forma gradativa com o avanço da campanha de vacinação. Porém, caso seja detectado novos índices de contaminação as atividades poderão ser suspensas novamente.
Presença opcional
Por enquanto, a presença segue de forma opcional. Os pais podem escolher se os filhos devem comparecer as salas de aula ou se ficarão nas plataformas digitais.
Até o momento, na Escola Estadual Raul Antônio Fragoso, em Pirituba (zona norte), por exemplo, dos 421 matriculados, 323 voltaram fisicamente.
“Os casos de pais dos alunos que optaram por deixar seus filhos irem às aulas incluem desde crianças ou adultos com comorbidades na família, até aqueles estudantes que são criadas pelos avós”, afirmou.