Diante de uma possível nova greve dos caminhoneiros, o governo pretende multar os motoristas que fecharem as estradas brasileiras. O governo está monitorando a mobilização dos caminhoneiros para impedir tal ação.
Em 2018, a categoria dos caminhoneiros realizou uma greve de onze dias que atingiu o país inteiro, deixando muitos lugares sem alimentos e combustível.
A causa foi à insatisfação com o aumento do valor do combustível, cobrança de pedágios e com a redução do valor do frete.
Como resultado houve a dificuldade no fluxo de mercadorias deixando muitas cidades sem combustível e sem alimento, principalmente os perecíveis como frutas e legumes, gerando um aumento na inflação afetando, principalmente, a população mais carente.
Diante disso, o governo tem reagido à ameaça de greve dos caminhoneiros marcada para acontecer no dia 1° de fevereiro. Porém, segundo os ministros, mesmo havendo um movimento para a paralização, são poucos que sinalizaram aderir.
O governo afirmou que não irá abrir mão de aplicar multa para aqueles que trancarem as rodovias.
Com o intuito de acalmar os ânimos, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, ficou responsável por gerenciar as negociações com a categoria.
Porém, outras pastas estão acompanhando o andar das negociações, já que uma greve dos caminheiros, diante do atual cenário de pandemia não seria nada agradável para um país que já está sofrendo com a alta na inflação.
Sendo assim, a Casa Civil, Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ministério da Justiça e Advocacia-Geral da União têm realizado ações e conversas para evitar a greve da categoria dos caminhoneiros no início do próximo mês.
Entre as pautas de reivindicações, estão: o preço mínimo do frete e o fim do Preço e Paridade de Importação (PPI) do Petróleo. O primeiro tema está sob a responsabilidade do Supremo Tribunal Federal.
Porém, a segunda pauta não é negociável para o governo, já que interfere diretamente na Petrobrás. Dessa maneira, nem tudo o que está sendo solicitado pelos caminhoneiros poderão ser atendidos, porém, as negociações continuam.
Em contrapartida, o governo pretende este ano melhorar e facilitar o documento de transporte eletrônico, aumentar o número de caminhoneiros bancarizados e a revisão das normas de pesagem.