Segurados do Minha Casa Minha Vida, no Espirito Santo, aguardam pela concessão de seus imóveis há mais de 10 anos. Na última semana, uma reportagem especial do jornal Gazeta revelou o atraso na entrega das chaves pelo programa. Há condomínios que estão em construção desde o ano de 2010, sem previsão de finalização.
O sonho da casa própria faz parte da realidade daqueles que se cadastram para realizar um financiamento imobiliário pelo Minha Casa Minha Vida. Porém, nem sempre a solicitação e pagamento em dia significa ter acesso ao terreno ou até mesmo ver a obra finalizada.
No Espírito Santo, a população cadastrada vem lutando para poder encerrar o contrato. De acordo com o texto do jornal Gazeta, os conjuntos habitacionais vivenciam uma situação de abandono, sem uma previsão mínima de entrega.
MCMV em atraso
Para quem mora no município de São Mateus, no norte do estado, 463 casas estão paralisadas há cerca de 11 anos. Iniciada em 2010 a obra foi paralisada por uma série de questões, como problemas orçamentários e ambientais, estando hoje em situação de abandono com os imóveis cheios de plantações ao seu entorno.
Em Aracruz, há conjuntos que deveriam ter sido entregues desde 2016. Porém nem a Caixa nem o governo informaram aos solicitantes uma nova data para a finalização do contrato. A administração alega que há problemas como alagamentos que devem ser resolvidos antes de repassar a chave.
Caixa se isenta quanto ao problema
Questionada sobre a demora para entregar os imóveis, a Caixa Econômica Federal alegou que o procedimento só pode ser feito mediante a conclusão total da obra que não é de sua responsabilidade.
De acordo com o banco, tal etapa costuma ser monitorada pelo governo que deve dar o ok para a finalização do contrato.
Já o governo até o momento não justificou o motivo pelos quais o estado vem sendo afetado no que diz respeito ao MCMV. Inicialmente o prazo para os condomínios construídos em 2010 tinha sido repassado para 2018 e assim permanece em estado de abandono.
Com a implementação do novo programa Casa Verde e Amarela espera-se que as obras permaneçam congeladas.