A cesta básica mais cara do país é a do estado do Rio de Janeiro, que atingiu o valor de R$629,63, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
Tendo como base esse valor, o salário mínimo do país deveria estar no patamar de R$5.289,53, ou seja, 5,06 vezes mais do que o mínimo atual de R$1.045.
O aumento na cesta básica no Rio em outubro foi de 6,31%, sendo assim acumulou uma alta de 21,81% no ano.
Seriam necessários 65,14% do salário mínimo líquido para comprar a cesta, isso equivale a 132 horas e 33 minutos de trabalho.
Os produtos que mais tiveram alta em outubro foram: batata (34,30%), tomate (12,27%), banana (6,86%), arroz agulhinha (6,63%), carne bovina de primeira (6,57%), manteiga (4,60%), óleo de soja (3,18%), feijão preto (3,13%), café em pó (3,03%), pão francês (0,63%) e leite integral (0,54%).
Batata
O preço da batata teve um aumento que assustou os consumidores, de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a alta já ultrapassou 30% em 2020.
O IBGE informou que a batata registrou o maior aumento na prévia de novembro, com 33,37% de variação, com isso ficou na frente de outros produtos da cesta básica, como o tomate (19,89%), o óleo de soja (14,85%), as carnes (4,89%) e o arroz (8,29%).
Cesta básica
A lei que estabeleceu uma lista de alimentos balanceados para garantir o bem estar de um trabalhador em idade adulta, foi criado em 1938 pelo governo do país.
Essa lista recebeu o nome de Cesta Básica Nacional, ela é composta pelos produtos: carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, legumes (tomate), pão francês, café em pó, frutas (banana), açúcar, banha/óleo e manteiga.
Apesar disso, os itens variam de acordo com cada região do país em que será comprada.
O valor da cesta é calculado por 3 institutos que realizam uma pesquisa de preços nos supermercados, e depois divulgam à população.
Um dos institutos é o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que mensalmente acompanha as variações dos preços de cada um dos produtos da cesta básica.
Após a coleta dos dados o cálculo é realizado para que chegue ao preço mensal necessário para fazer o cálculo médio de todos os preços em cada um dos estados.
Logo depois, é dividido o custo da cesta básica pelo valor do salário mínimo e multiplica-se pelo número de horas de um mês de jornada de trabalho, que é de 220 horas por lei.