Nesta segunda-feira (7), o Banco Central divulgou o boletim Focus, em que indicou um novo aumento na estimativa da inflação. Dessa vez, a projeção esteve acima da meta central — de 4%. Essa foi a primeira vez que a perspectiva chegou a números maiores que este valor. Além disso, essa foi a décima sétima semana seguida de alta.
Desde o início da pandemia, a inflação tem apresentado aumento considerável. No último registro do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o valor esteve em 4,21% a previsão para este ano. Na semana anterior, o índice apresentava um valor de 3,54%. Já há quatro semanas, a projeção era de 3,20%.
Apesar do aumento acima da meta da inflação, a porcentagem ainda esteve dentro do tolerável. O Conselho Monetário Nacional estabelece que a meta da inflação varia entre 2,5% a 5,5%.
Sendo assim, o valor projetado atual ainda mantém o cumprimento. Para que o valor esperado seja alcançado, o Banco Central tende a aumentar ou reduzir a taxa básica de juros da economia (Selic).
Inicialmente, por conta dos problemas econômicos causados pela pandemia de covid-19, houve queda na perspectiva da inflação. No entanto, após a retomada da economia e a alta do dólar, houve aumento nos preços.
A alta aconteceu pelo aumento da circulação do dinheiro, por causa do auxílio emergencial. Além disso, o aumento do dólar favoreceu as exportações de itens básicos, como o arroz e a soja. Como consequência, houve diminuição da oferta interna e aumento dos preços aos brasileiros.
A inflação
A inflação se refere ao aumento dos preços de produtos e serviços. Ela possui cálculo por meio dos índices de preços — chamados de índices de inflação. As categorias abrangem a alimentação, habitação, vestuário, transporte, saúde, despesas pessoais, educação e comunicação.
Sendo assim, se a inflação projeta um aumento de 4,21%, significa que o preço dessas categorias terá um aumento médio dessa mesma porcentagem. Por ser uma média, pode ser que alguma categoria ainda mantenha alta nos preços, mesmo que o índice apresente queda.