O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizou novos testes para ter certeza que não acontecerão atrasos na divulgação dos resultados no segundo turno das eleições municipais. Parte da população volta às urnas para eleger seu prefeito no domingo (29).
No domingo (15), no qual aconteceu o primeiro turno, o supercomputador que estava responsável por fazer a soma dos votos teve dificuldades técnicas e isso fez com que o processo fosse mais lento.
De acordo com as fontes do tribunal, os testes do desempenho com as zonas eleitorais estão sendo feitos desde a semana passada, ontem (25) foi realizada uma nova rodada e hoje isso deve ser feito novamente.
Os testes estão sendo monitorados pela Oracle, que é a empresa que fornece o supercomputador para o TSE.
Além disso, a equipe de tecnologia está trabalhando para que sejam evitados novos ataques de hackers ao sistema de dados.
Por conta de questões de segurança, o TSE não divulgou mais detalhes sobre os procedimentos que estão sendo realizados.
No primeiro turno, o tribunal teve uma série de problemas. Na parte da manhã, os eleitores relataram que estavam com dificuldades para acessar o e-Título, o aplicativo usado para justificar a ausência no dia da votação.
O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, disse ainda que houve uma tentativa de ataque cibernético para derrubar o sistema da Corte, mas isso foi neutralizado.
Logo depois foi confirmado que um grupo conseguiu acessar dados de funcionários, mas que esperou o dia da eleição para divulgar a informação para tentar invalidar o processo eleitoral.
No final do dia, a atenção voltou para a lentidão na realização da contagem de votos, o que fez com que o resultado atrasasse mais de duas horas na divulgação.
Conforme explicação do tribunal, o problema aconteceu por conta da ausência de testes prévios no supercomputador responsável por realizar a totalização dos votos de todo o país.
Essa foi a primeira eleição que o TSE fez a centralização da contagem de votos. Nas outras eleições o processo era realizado pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) de cada um dos estados que enviavam os dados para que o TSE fizesse a consolidação deles.