Nesta segunda-feira (16), o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse que o Pix, o novo sistema de pagamentos e transferências instantâneas desenvolvido pela autoridade monetária, que iniciou seu funcionamento de maneira plena às 9 horas nesta segunda-feira, irá melhorar a prestação de serviços públicos, ao digitalizar as transações financeiras no Brasil.
“O Pix veio para melhorar sua vida e facilitar seus negócios. O Pix é um instrumento que serve para qualquer tipo de compra, para qualquer valor. Os comércios não precisarão ter mais tanto dinheiro em caixa. O Pix é muito seguro, há uma série de mecanismos de segurança no desenho do sistema. O Pix tem um motor antifraude e que comunica o sistema imediatamente”, disse ele, no evento de lançamento da operação plena da plataforma.
O presidente do BC estimou que os registros de ativos financeiros vão passar a ser eletrônicos, no processo de “tokenização”. “O acesso será mais fácil e você elimina o intermediário em vários processos de vendas de ativos, modernizando a economia”, apontou.
Agora, já existe a possibilidade de efetuar através do sistema transferências e pagamentos 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano. A projeção é de que as operações sejam liquidadas em até dez segundos.
Até o domingo (15), um total de 71 milhões de chaves foram cadastradas no Pix. A chave de usuário é um identificador de contas: o cliente pode fazer o cadastro de um número de celular, e-mail, CPF, CNPJ ou um EVP (uma sequência de 32 dígitos a ser solicitada no banco).
Por meio dela, é possível receber pagamentos e transferências. A chave facilita a identificação do recebedor, porém não é indispensável para receber um Pix.
Armazenamento de dados
O presidente do BC avaliou que o Pix possui como pilares seis “Ds”: digitalização, desmonetização, desintermediação, desmaterialização, disrupção e democratização.
“E chegado o grande dia, fruto de trabalho de vários meses. Quando você sai do papel, vai para o eletrônico e elimina intermediários, as transações ficam mais baratas. A tecnologia é instrumento democratizante, abaixa o custo e inclui a todos”, disse. “Recuperação da crise será muito gerada pelo aumento da tecnologia”, completou.