O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, anunciou que o serviço de pagamento do WhatsApp funcionará em breve no Brasil. A ideia inicial seria de realizar transferência entre pessoas e, em seguida, entre pessoas e empresas. A declaração aconteceu durante a cerimônia de lançamento do sistema Pix, nesta segunda-feira (16).
Inicialmente, o presidente da instituição alegou que o WhatsApp começará fazendo P2P, que é a transferência entre pessoas. Somente após, o modelo P2M, transferência entre pessoas e empresas, seria implementado. Apesar da sequência de planejamento, nenhuma data específica foi estabelecida.
“Eu tenho conversado bastante com o CEO. Inclusive, ele tem me dito que o processo no Banco Central foi mais rápido do que em outros países. Estamos avançando bastante”, prossegue.
O serviço do WhatsApp já havia buscado iniciar as operações este ano. No entanto, houve resistência por parte do Banco Central em autorizar a operação. Na época, a argumentação para a decisão foi por conta da busca em manter um “adequado ambiente competitivo”. Outro ponto levantado foi a privacidade.
Durante o evento desta segunda, ele ressaltou a ideia de garantir que o novo serviço de pagamento ofereça segurança e competitividade no país. Com isso, o WhatsApp segue aguardando a liberação para operar no país.
Procura por outros serviços
Campos Neto relatou que teve contato com outras empresas para oferecer outros serviços de pagamento, além do WhatsApp. “Estamos conversando também com o Google e outras Big techs”, destaca.
Ele relatou que há um desejo que o Brasil tem apresentado atrativos para que as empresas permaneçam no país. Os fatores citados foram o mercado consumidor bastante amplo e a oportunidade de digitalização.
Apesar de que o Pix seja um meio de pagamento, o presidente da instituição alega que haverá vários outros. “É importante que a gente gere novos modelos de negócios. Quanto mais inclusivo o Pix for, mais o volume de pagamentos vai aumentar”, relata.