- O presidente do Senado Federal solicitou a prorrogação do auxílio emergencial para o estado do Amapá;
- A ideia é ajudar as pessoas atingidas pelo apagão que já dura mais de 10 dias no estado;
- O incidente atingiu 14 das 16 cidades do Amapá.
O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), solicitou ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ao ministro da Economia, Paulo Guedes, a prorrogação do auxílio emergencial para o estado do Amapá.
Segundo o senador, a ideia é ajudar as pessoas atingidas pelo apagão que já dura mais de 10 dias no estado. “Os amapaenses perderam a comida de um mês, tudo estragou nas geladeiras. As pessoas estão sofrendo. É dever do Estado socorrê-las”, escreveu Alcolumbre nas redes sociais.
“Depois do apagão, nove dias atrás, o Amapá ainda não teve 100% da energia restabelecida. O sistema de rodízio impõe prejuízo e problemas. A população está sofrendo e precisa de ajuda e de respostas efetivas.”, completou o senador.
Entre as justificativas utilizadas por Alcolumbre para a prorrogação do auxílio emergencial para os amapaenses está o fato de que 321.787 pessoas residentes no estado são contempladas pela ajuda financeira, o que equivale a 37% da população do Amapá, segundo os dados do Ministério da Cidadania.
Apagão no Amapá
O apagão aconteceu após uma chuva forte na Zona Norte de Macapá que levou uma subestação de energia da Isolux incendiar. O incidente atingiu 14 das 16 cidades do Amapá, deixando os municípios sem energia elétrica desde o dia 03.
No sábado (07), após quaro dias sem luz, a energia retornou de forma parcial, com 65% do serviço e a adoção de rodízio de 6 horas. Segundo o Ministério de Minas e Energia o restabelecimento só será possível no próximo fim de semana.
No mesmo dia, a Justiça Federal determinou o prazo de três dias para a restauração completa da energia no estado, com direito a multa de R$ 15 milhões. Porém, até agora os amapaenses continuam sem energia.
Além disso, solicitou da Isolux um plano de ação para solucionar o problema que deveria ser entregue em até 12 horas. Caso não fosse entregue a empresa teria que arcar com multa de R$ 100 mil.
Outra decisão solicitada pela Justiça Federal era que o Governo Federal e Estadual deve ajudar a população fornecendo água potável, alimentos e medicamentos, com apoio da Força Armada.
Ainda pede que seja criado um grupo de trabalho formado pelo Ministério das Minas e Energia, Eletronorte, Isolux e Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), com o intuito de reestabelecer a energia elétrica do estado o mais rápido possível.
Eleições adiadas no Macapá
As eleições municipais em Macapá foram adiadas, na última quinta-feira (12), pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, após atender ao pedido do presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), Rommel Araújo.
Segundo Rommel, no documento apresentado ao TSE, o pedido foi em comum acordo com representantes da área de inteligência da Abin, Exército Brasileiro e da Polícia Rodoviária Federal que relatam problemas gerados pela falta de energia, como vandalismo, protestos e falta de água.
Não foi definida a nova data para realização da votação. O adiamento foi realizado devido ao apagão que já dura mais de 10 dias. As demais cidades do estado do Amapá terão o pleito normalmente, no próximo domingo (15).
Segundo Barroso, o adiamento será “até que se restabeleçam as condições materiais e técnicas para a realização do pleito, com segurança da população”. Além disso, destacou que o Código Eleitoral, no artigo 187, permite o adiamento das eleições por razões excepcionais.
“Fatos extraordinários e imprevisíveis tornaram inviável a realização de eleições em Macapá, já que ainda não foi restabelecido o regular fornecimento de eletricidade no município e o efetivo da Polícia Militar não se mostra suficiente para garantir a segurança dos eleitores. Nesse contexto, não é legítimo exigir que a população de Macapá seja submetida ao sacrifício extremo de ser obrigada a comparecer às urnas em situação de calamidade pública, reconhecida por decreto municipal, e, ainda, de risco à segurança”, afirma a decisão.
O irmão de Davi Alcolumbre e suplente no Senado, Josiel Alcolumbre (DEM), é candidato a prefeito no município de Macapá.
Na última quarta-feira (11), o Ibope divulgou a última pesquisa com as intenções de voto na capital do Amapá. Segundo os dados, Josiel caiu nove pontos, porém, permanece na liderança, com 26% das intenções de voto.