Nesta segunda-feira (21) o petróleo teve queda de 4% nos contratos futuros. Possíveis motivos para isso são a aparente volta da quarentena por conta da segunda onda do COVID-19, acusações de transações suspeitas feitas por grandes bancos e a retomada da produção na Líbia.
Escândalo bancário
Segundo uma reportagem do Buzz Feed News, houve vazamento de documentos, os FinCEN files, sobre uma possível lavagem de dinheiro por meio de alguns bancos.
Alguns desses bancos envolvidos no escândalo seriam o HSBC, Deutsche Bank, JPMorgan Chase e Barclays. Como consequência, ativos arriscados foram evitados pelos investidores e o dólar aumentou.
Retomada da produção do petróleo na Líbia
A Líbia planeja o retorno da produção de petróleo, segundo relatório do ING. Esta volta acontece após grande período de paralização por causa de rebeldes que dominaram áreas leste do país.
“O mercado global está em um estado frágil, então qualquer oferta adicional apenas vão tornar mais difíceis os esforços da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) para equilibrá-lo”, relata.
Possível Lockdown na Europa
De acordo com Hans Kluge, diretor regional da OMS, a Europa registrou 300 mil novos casos de COVID-19. Como consequência, os países podem retornar ao confinamento e fazer com que a economia tenha um recuo.
Edward Moya, analista-sênior de mercados da Oanda, aponta esses fatores como indícios para a dificuldade em relação ao petróleo:
“Os preços do petróleo recuam à medida que a Europa parece preparada para novos bloqueios induzidos pelo coronavírus e depois de a Líbia ter reiniciado a produção de petróleo. Um dólar forte e riscos crescentes para a recuperação econômica global continuarão a pressionar os preços”, afirma.
Reflexo
De acordo com o American Petroleum Institute (API), os Estados Unidos tiveram queda de 9,5 milhões de barris na semana passada. Em Cushing, a queda foi de 800 mil barris.
Ontem (21) pela manhã, o WTI estava em baixa de 1,95%,a US$ 40,31. O Brent para novembro recuou em 1,88%, com valor de US$ 42,34.