De acordo com um levantamento feito pela Bússola Social, 21,20% das famílias não possuem renda após o começo da quarentena. Outras 78,80% afirmam que a renda baixou bastante. Os possíveis motivos para esses números são o reflexo da pandemia do COVID-19 e da dificuldade em conseguir renda extra durante a reclusão social.
A pesquisa aponta que, antes da quarentena, 33,23% das famílias recebiam entre R$ 1 mil e R$ 2 mil em renda mensal. A porcentagem de famílias a não possuiam nenhuma renda e no máximo R$ 500 é de 12,48. Somente 6,49% das famílias recebiam mais de R$ 3 mil mensais.
Além disso, 31,44% das famílias apresentam renda entre R$ 500 e mil e 16,47% entre R$ 2 mil e R$ 3 mil. Em muitos casos, as famílias dependem de doações como única fonte de renda. Os dados também apontam que 14,1% das famílias se enquadram no perfil sem nenhuma fonte.
O Diagnóstico Familiar
O Diagnóstico familiar, plataforma que fornece dados em tempo real, é o resultado das informações coletadas sobre as famílias atendidas por projetos sociais. Mais de mil 20 mil famílias respondem questionários sobre os dados mencionados.
Áureo Giunco Júnior, co-fundador da Bússola Social e idealizador do Diagnóstico Familiar, comenta sobre a situação vivida pelas famílias e possíveis planejamentos para amenizar a situação:
“Fica muito difícil para as famílias garantir seu próprio sustento com a crise econômica e a situação foi se agravando com a pandemia. O grande objetivo da plataforma é ajudar e entender o que está acontecendo no Brasil para que as instituições possam planejar ações”, relata.
“Deveria haver uma distribuição de renda de forma emergencial para as pessoas terem acesso a comida. É garantir a assistência mínima e direitos básicos. O governo precisa também planejar como vai se dar a retomada econômica, mas como as pessoas que perderam o emprego serão recolocadas no mercado de trabalho”, afirma.