Novas pesquisas mostram que a liberação do auxílio emergencial permanece movimentando a economia nacional. Ao longo dos últimos dias, estão sendo liberados uma série de dados explicitando os benefícios fiscais do voucher. De acordo com o estudo feito pela Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o benefício aumentou o número de vendas do varejo durante os meses de junho e julho.
O auxílio emergencial está sendo disponibilizado desde o mês de abril. No entanto, apenas agora foi que começaram a se contabilizar os números de sua liberação.
Além de reduzir o índice de pobreza no país, o benefício também gerou frutos positivos para o mercado de pequeno, médio e grande porte. No varejo, as vendas tiveram um crescimento de até 13%.
Segundo os dados levantados pelo IBGE, em julho o mercado tinha registrado uma evolução comercial de 5,2%. Já em junho esse número foi de 8,5%, e em maio de 13,3%.
Tais estatísticas, explica Cristiano Santos, analista do instituto, comprovam uma evolução financeira para a cadeia varejista.
“Certamente parte desse excesso de rendimento acaba se convertendo em consumo, e consumo muito focado nessas atividades que a temos visto crescer. Além de supermercados, tem também móveis e eletrodomésticos e material de construção”, disse Santos.
Mercado digital amplificou as vendas
Outro ponto que também otimizou o funcionamento das lojas foi a ampliação do mercado digital. Com a necessidade do isolamento social, as vendas online foram a melhor alternativa para que os comerciantes não fechassem suas portas integralmente e tivessem uma rotatividade em sua receita.
“No início da pandemia, tudo fechou. O que ficou aberto? Farmácias e supermercados. As grandes redes, que têm lojas muito grandes, vendem muita coisa que também são vendidas em outros segmentos. Às vezes tem móveis e eletrodomésticos, livros, jornais, equipamentos de informática. Isso também acabou sendo consumido nessa atividade. Depois disso, ela se estabiliza. Ainda em maio vem forte, depois acaba se estabilizando. É um comportamento natural desse segmento, à medida também que essa substituição não é mais necessária, que outras atividades voltam também a ter vendas em lojas físicas”, justificou Santos.