De acordo com os dados do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), metade dos Microempreendedores (MEI) estão recebendo o auxílio emergencial durante esse período de pandemia.
O Sebrae informou que 5,2 milhões de trabalhadores da categoria MEI (Microempreendedor Individual) tiveram acesso ao auxílio emergencial. Outros 1,3 milhão tentaram, mas o pedido foi negado.
O órgão também informou que apenas 12% dos MEIs conseguiram algum tipo de empréstimo.
Esse número de beneficiários do auxílio que são microempreendedor mostra que quase metade dos mais de 10 milhões de trabalhadores MEIs conseguiu a ajuda financeira para enfrentar o cenário de calamidade pública devido a pandemia de Covid-19.
O Sebrae já previa uma grande procura dos Microempreendedores pelo auxílio emergencial, porém a expectativa em abril era que 3,6 milhões de MEIs iriam se enquadrar nos critérios para receber a ajuda do governo.
Com isso, mostra que superou o que era esperado e também revela o quanto à pandemia tem impactado os trabalhadores autônomos.
Segundo o órgão esse aumento é devido ao crescimento do número de MEI durante esse período de calamidade público, na qual muitos trabalhadores se viram desempregados e iniciaram um novo negócio.
Segundo o presidente do Sebrae, Carlos Melles, “A busca de alguma alternativa formalizada é uma boa coisa, mas é uma opção também muito por necessidade. Provavelmente, mais por necessidade do que perspectiva de ter logo um trabalho a ser feito”.
Durante o início da pandemia o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas realizaram uma pesquisa e conseguiu identificar que 63,8% dos MEIs pararam as atividades de forma temporária devido à pandemia, sendo esse o maior percentual entre as empresas classificada como pequeno porte.
Auxílio emergencial
O benefício foi criado em março, no início das restrições sociais para o controle da pandemia de Covid-19.
O objetivo foi dispor de uma ajuda financeira de R$600 para trabalhadores informais, desempregados, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e beneficiários do Bolsa Família, a fim de, enfrentar esse período.
Foram cinco parcelas de R$600, tendo o início do pagamento em abril até agosto. Agora, o presidente da república, Jair Bolsonaro, prorrogou a ajuda por mais quatro parcelas de R$300.