Brasil contará com nova moeda a partir da próxima semana. Em reunião com o Supremo Tribunal Federal, o Conselho Monetário Nacional (CMN) do Banco Central conformou o lançamento da cédula de R$ 200. De acordo com os representantes da instituição, a suspensão da emissão das notas resultaria em um prejuízo sério para a economia nacional. Dessa forma, de acordo com o calendário bancário, o valor passará a entrar em circulação a partir do próximo dia 2.
Desde que anunciou a criação da nota de R$ 200, o Banco Central vem sendo criticado. Muitos alegam que a decisão poderá gerar uma inflação negativa para todo o país.
Outros questionam a necessidade desse recurso que deverá resultar em uma revisão monetária. Mediante tamanhas dúvidas, o STF solicitou uma explicação plausível para o caso.
Inicialmente, o Supremo Tribunal contestou a decisão do governo sob a argumentação de que a cédula poderia causar uma grave ameaça em combate à criminalidade e lavagem de dinheiro.
Como resposta, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, garantiu à ministra Cármen Lúcia, relatora do processo, que a emissão é imprescindível para garantir o poder de circulação financeira nacional.
Segundo ele, a proibição da nova nota “acarretaria um sério prejuízo para a execução dos serviços de meio circulante a cargo do Banco Central e para a própria sociedade em si, que vem apresentando demanda crescente por dinheiro em espécie. Com efeito, a (Casa da Moeda do Brasil) CMB já entregou ao Banco Central 7,2 milhões de cédulas de duzentos reais. Até o dia 2 de setembro de 2020, data do lançamento oficial da nova nota, a previsão é de que esse número chegue a 20 milhões de cédulas”, disse.
Novidade deverá gerar um custo de milhões
Para que a emissão das notas de R$ 200 seja feita, o BC deverá ser uma despesa maior do que o esperado para 2020. Ao todo, deverão ser emitidas aproximadamente 450 milhões de cédulas, conforme explica o presidente da instituição:
“O custo das cédulas de duzentos reais é de R$325/milheiro. Esse primeiro lote de 20 milhões de cédulas de duzentos reais custou R$6,5 milhões. O Banco Central tem um contrato assinado com a CMB no valor de cerca de R$146 milhões para aquisição de 450 milhões de cédulas de duzentos reais para o exercício de 2020. Além disso, a CMB já adquiriu parcela significativa dos insumos”, completou.