Moradores do estado do Pará devem ficar atentos as novas cobranças em suas contas de luz. Nessa quinta-feira (06), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou uma medida que determina um reajuste médio de 2,68% nas tarifas de energia da distribuidora Equatorial Energia Pará.

A decisão foi tomada como forma de tentar conter os efeitos da pandemia do novo coronavírus para as distribuidoras e passou a valer a partir já desta sexta-feira (07).
Nas contas de luz do mês de agosto, os moradores do Pará deverão verificar os acréscimos de 2,97% em suas residências. Já para as indústrias, a correção vai ser de apenas 0,44%, determinadas para o consumo de alta tensão.
Ao todo, a Equatorial Energia Pará atende cerca de 2,7 milhões de unidades em 144 municípios do estado.
Governo consegue empréstimos para evitar crise elétrica
Ao anunciar o reajuste, a Aneel garantiu ainda que o valor só não será maior devido a aceitação do empréstimo de socorro ao setor elétrico, ofertado pelo governo federal. Tentando minimizar os impactos da crise econômica do novo coronavírus, a União irá liberar mais de R$ 14,8 bilhões entre as distribuidoras de energias nacionais.
Entretanto, a quantia ainda não é o suficiente para quitar o período em que os brasileiros ficaram livres da obrigatoriedade de quitarem suas contas de luz. Dessa forma, a solução encontrada até o momento foi a aplicação de reajustes que podem chegar até a 6,03% nas contas de cada estado.
Medidas emergenciais adotadas
Durante o segundo trimestre deste ano, uma das determinações do governo federal foi a suspensão dos reajustes nas contas de luz. Os brasileiros, em sua grande maioria, não tiveram acréscimos tendo em vista o clima de instabilidade financeira motivado pela pandemia.
Além disso, houve uma parcela que ficou isenta de pagar as contas por um período de até 90 dias e amplificaram também os processos de renegociação para os inadimplentes.
Desse modo, parte das distribuidoras poderão fechar o ano no vermelho, caso os acréscimos e empréstimos não sejam o suficiente para quitarem suas despesas.
Até o fim do ano, o setor espera ainda um alto índice de dívidas, tendo em vista que boa parte dos cidadãos estão sendo afetados pela crise.