Com FGTS rendendo mais que a poupança, ainda vale a pena sacar? Entenda!

Modificações nas taxas de juros elevam a rentabilidade do FGTS, fazendo com que muitos trabalhadores fiquem em dúvida se vale apena aderir ao saque emergencial. Nessa semana, a Caixa Econômica começou a fazer as liberações do fundo de emergência. O benefício, desenvolvido como contenção de crise econômica do novo coronavírus, permite que o cidadão retire R$ 1.045 de suas contas. No entanto, especialistas afirmam que manter o valor no programa pode ser mais benéfico. 

Com FGTS rendendo mais que a poupança, ainda vale a pena sacar? Entenda! (Imagem: Reprodução - Google)
Com FGTS rendendo mais que a poupança, ainda vale a pena sacar? Entenda! (Imagem: Reprodução – Google)

Um dos principais motivos para que o rendimento do FGTS se torne maior do que a poupança são as variações na taxa de juros básicos, a Selic. Atualmente, a tarifa está em 2,25%, fazendo com que os valores do fundo de garantia tenham mais peso em comparação com as demais aplicações do mercado.  

Economistas afirmam que, apesar de ainda não poder cravar a rentabilidade do FGTS em 2020, as estimativas mostram um aumento de 50% para 100% em seu repasse de lucro. Desse modo, os trabalhadores conseguem ter acesso ao investimento de forma parcial, tendo o percentual repartido em suas contas.  

Caso haja um processo retroativo e a rentabilidade volte a ser de 50%, o FGTS 2020 ficará em aproximadamente 4,5%.  

Vale a pena manter o FGTS? 

Diante desse cenário, especialistas afirmam que as aplicações do fundo de garantia são as melhores oportunidades atualmente no mercado.  

“É um investimento seguro, como se você aplicasse Tesouro Selic, rodando a 3% ao ano, isento. Hoje o Tesouro Selic paga 2,25% e ainda tem o Imposto de Renda, que o FGTS não tem. E o risco dos dois é igual, que é o risco do governo”, diz o professor de finanças do Insper, Michael Viriato.  

Ele explica ainda que, caso a Selic volte a subir, as vantagens em cima do fundo serão reduzidas. Desse modo, é importante ainda ficar atento a títulos de longo prazo, como o tesouro nacional, que tem como base não só os juros atuais como a expectativa durante todo o período de investimento.  

“Ao comparar com títulos de baixo risco, como poupança e Tesouro Selic, aí o FGTS vai pagar mais. Mas ao comparar com títulos de prazos mais longos, você provavelmente vai ganhar mais saindo do FGTS, mas esses investimentos são mais arriscados e podem gerar perdas se forem vendidos antes do vencimento”, diz Viriato. 

Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.