Shoppings reabrem em SP, mas lojistas têm que lidar com queda brusca nas vendas

Reabertura dos shoppings na grande São Paulo preocupa os comerciantes. Após um período de quase três meses com as portas fechadas, os centros de compra deram início ao seu processo de retomada. 

Shoppings reabrem em SP, mas lojistas têm que lidar com queda brusca nas vendas (Imagem: Reprodução - Google)
Shoppings reabrem em SP, mas lojistas têm que lidar com queda brusca nas vendas (Imagem: Reprodução – Google)

Desde o dia 11 de junho, as lojas voltaram a funcionar sob um regime de higienização especial, mas ainda assim apresentam uma queda de venda de até 80%. Mediante a este cenário, os lojistas começam a buscar outras alternativas para garantir o lucro.  

De acordo com um levantamento feito pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), entre os dias 24 e 26 de junho, houve uma queda de faturamento de aproximadamente 90% para 32% nos shoppings de São Paulo. Atualmente, o índice de vendas varia entre 24% e 41%, sem apresentar previsão de melhorias.  

Regras de funcionamento nos shoppings

Para que as portas fossem reabertas, os centros de compra precisaram aplicar uma série de medidas de restrição. Serviços como praças de alimentação, cinemas, salões de estética, entre outros, ainda seguem sem poder funcionar, fazendo com que o fluxo de pessoas fique menor.  

Além disso, os horários de venda estão reduzidos. Para as lojas dos malls, as atividades podem ocorrer entre 6h às 10h ou de 16h às 20h. Já para os comércios de rua, o funcionamento ocorre entre 11h e 15h.  

Reajustes de horários e diminuição de serviços 

De acordo com Nabil Sahyoun, presidente da Alshop, a diminuição dos horários e proibições de determinadas atividades fazem com que as quedas de venda sejam maiores, uma vez em que o shopping fica menos atraente para o consumidor. Para ele, a compra dentro dos espaços privados são a opção mais segura, considerando todos os protocolos aplicados.  

O shopping está debilitado, com horário restrito e outros serviços que não funcionam. Se continuar com prejuízo, muito lojista vai pular fora. Existe estacionamento, álcool em gel na entrada, sinalização no piso, separação nos caixas, etc”, diz. 

Com o atual funcionamento de 8h, a Alshop mostra que os lojistas estão vendendo de 35% a 40% em comparação com o ano passado. No caso daquelas que funcionam por apenas 4h, o faturamento é de apenas 15% a 20%.  

Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.