VITóRIA DA CONQUISTA, BA — Os primeiros meses de 2025 têm registrado um aumento alarmante nos casos de síndrome respiratória aguda grave no Brasil. Segundo o boletim InfoGripe, publicado pela Fiocruz, a situação está mais crítica em comparação com os mesmos meses de 2024 e 2023, com um aumento significativo no número de casos por todo o país.
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(Imagem: IA/Sora)
Em maio deste ano, o número de registros de síndrome respiratória aguda grave quase dobrou em relação ao ano passado. Atualmente, 21 estados brasileiros estão em níveis de alerta, risco ou alto risco. Isso acende um sinal de emergência para as autoridades de saúde.
O cenário é especialmente preocupante em cidades como Belo Horizonte, que, apenas na primeira semana de junho, registrou um aumento de 82% nos pedidos de internação devido a doenças respiratórias.
O aumento nos casos de síndrome respiratória pode ser atribuído a vários fatores. Um dos principais é a baixa adesão à vacinação contra o vírus da influenza. A cobertura vacinal nos grupos prioritários — que incluem pessoas com mais de 60 anos, crianças e gestantes — está abaixo de 40%, enquanto a meta do Ministério da Saúde é de 90%.
Riscos da síndrome respiratória aguda grave
A síndrome respiratória aguda grave pode provocar sérios problemas respiratórios e, em casos extremos, exigir terapia intensiva. Em situações graves, algumas pessoas podem não resistir às complicações.
De acordo com o infectologista Carlos Starling, ouvido pelo JN, a doença pode afetar qualquer faixa etária, sendo mais perigosa para aqueles com condições respiratórias preexistentes, como bronquite asmática. A auxiliar administrativa Elianda Martins compartilhou sua experiência, dizendo que todos os membros de sua casa, incluindo um bebê, adoeceram devido a essa falta de vacinação.
Como se prevenir das síndromes gripais?
O Ministério da Saúde tem intensificado seus esforços para aumentar a cobertura vacinal. A boa notícia é que a vacina contra a influenza está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sem custo adicional nas clínicas particulares.
As autoridades reforçam a importância de que os grupos prioritários — como idosos, gestantes e crianças — procurem a unidade básica de saúde mais próxima para receber a vacina.
Além da vacinação, especialistas recomendam medidas simples, mas eficazes, para reduzir o risco de infecção, por exemplo: uso de máscaras em ambientes fechados e aglomerados é uma ação importante para proteger as pessoas mais vulneráveis.
Não ignore os sinais do corpo. Se sentir sintomas, busque atendimento médico imediatamente. E, acima de tudo, adote medidas preventivas, como o uso de máscaras e o distanciamento social, sempre que possível.
Marina Costa, especialista do FDR, comenta mais sobre o surto de vírus respiratórios no Brasil.