Mercado de combustíveis segue enfrentando um período de instabilidade. Nessa quinta-feira (11), o valor de revenda do petróleo bateu uma queda de 8%. Sua versão em Brent foi encerrada com um reajuste de 7,6%, a US$ 38,55 por barril. Já o WTI, nos Estados Unidos, foi reduzido em 8,2% com um fechamento de US$ 36,34 dólares. Segundo os especialistas, o motivo da queda diz respeito a falta de consumo nas grandes potências, motivada pela necessidade do isolamento social.
Somente nos EUA, os números de contaminação por Covid-19 já atingiram mais de 2 milhões de pessoas, de acordo com os dados do governo. O país passou por um período de controle da doença, mas com a flexibilização do isolamento social teve um crescimento considerável.
Desse modo, a aplicação da quarentena voltou a ser necessária para a maioria das cidades. Mesmo que grande parte dos governos tenham adotados medidas de retomada da economia, o consumo do combustível ainda é inferior ao normal, com uma venda 20% mais baixa.
Muito petróleo em estoque
Apesar da elevação dos preços estarem ocorrendo graças a flexibilidade do isolamento social, muitos países ainda acumulam enormes quantias dos combustíveis em suas distribuidoras. Tal cenário faz com que o mercado entre em um estado de choque, tendo em vista que há um número maior de oferta em comparação com a demanda solicitada.
Nos Estados Unidos, por exemplo, o valor dos estoques disparou inesperadamente ao longo da última semana. O país já registrou mais de 538,1 milhões de barris. Desse valor, o número reunido de gasolina apresentou uma elevação maior do que o esperado, ficando em uma média de 258,7 milhões de barris.
“O retrato dos fundamentos ainda traz indicativos de baixa para os quais o mercado estava fechando os olhos“, explicou o diretor de pesquisa de mercado da Tradition Energy, Gene McGillian.
Combustível no Brasil
No cenário nacional, a situação é parecida. Muitos estados já deram início aos planos de retomadas das atividades, mas uma parte considerável da população ainda se mantém em casa.
A situação é desfavorável tanto para os donos dos postos de gasolina, que terão acúmulo do combustível, quanto para os consumidores, que deverão sentir a longo prazo os efeitos do covid em seus bolsos, com a venda mais cara.