Assim como outras localidades, a prefeitura do Rio de Janeiro também se prepara para o início da reabertura gradual da economia. Em uma reunião com o prefeito Marcelo Crivela, o comitê científico da prefeitura da cidade, conheceu os detalhes do plano de reabertura do comércio que será realizado em seis fases.
As mudanças de fase estão previstas para a acontecer a cada 15 dias, prazo que pode ser encurtado ou estendido com base nos indicadores do coronavírus. Em tese, seguindo o plano proposto, a rotina dos cariocas voltaria a normalidade em três meses.
O avanço de fases vai se orientado por indicadores como número de óbitos e casos confirmados, quantidade de internações e a taxa de ocupação dos leitos de UTI. A aprovação para mudança das fases será do comitê científico, em conjunto com os secretários de saúde, da Casa Civil, da fazenda e também de Marcelo Crivela. Caso ocorra um retrocesso nos indicadores, as fases podem ser retrocedidas.
De início é autorizado o funcionamento de atividades com maior relevância para a economia e que contem o menor risco de contaminação. Já na segunda fase, é a vez das atividades com menor impacto na economia e com risco de contágio médio. Desta forma, as fases seguem até atingir a que engloba as atividades que oferecem maior risco e com menor peso na economia.
Nesta reunião, Crivela não citou os serviços que podem voltar a funcionar em cada fase. Outra reunião para tratar o assunto deve ser acontecer amanhã.
É importante ressaltar que mesmo com o plano de retomada, as recomendações de distanciamento e uso de máscaras permanecem. Um escalonamento nos horários de jornada dos trabalhadores será proposto para evitar o horário de pico e a aglomeração em estações de transportes públicos. As pessoas dos grupos de risco serão orientadas a ficar em casa até a última fase.
O infectologista e professor da UFRJ Rafael Galiez, participou de diversas reuniões do comitê científico e disse que este não é o melhor momento para a reabertura. Ele avalia que a taxa de transmissão do coronavírus no Rio ainda é alta e que cada pessoa infetada, contamina outras duas. Ele alega que o ideal é que uma pessoa não esteja transmitindo para mais de uma pessoa.