Dólar registra nova queda acentuada após mudanças na Covid-19

Ontem (26), o mercado financeiro internacional teve um dia otimista, o dólar encerrou em queda de 2% cotado a R$5,34. Essa é a menor cotação da moeda americana desde o dia 20 de abril, quando ele ficou em R$5,30.

Dólar registra nova queda acentuada após mudanças na Covid-19
Dólar registra nova queda acentuada após mudanças na Covid-19 (Foto:FDR)

Na manhã desta quarta-feira (27), o dólar ainda operava em valor menor. Alcançando R$5,30, podendo se alternar ao longo do dia.

O ibovespa, que é o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), operou boa parte do dia de ontem em alta e fechou negativo, com recuo de 0,235 aos 85.469 pontos. 

De acordo com especialistas, esse mau desempenho de ações do setor aéreo, de bancos e da Vale, ajudaram para que a B3 fechasse negativa. 

No dia em que a Latam entrou com o pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, derrubando suas ADRS, ou seja, os recebidos de ações em 35% na Bolsa Nova York, os papéis preferenciais (PN, em direito a voto) da Azul caíram 3,85%, assim como as da Gol, com queda de 2,46%.

O sócio da assessoria de investimentos Guia da Bolsa, Ricardo Zeno, comentou ainda o recuo dos bancos.

Além destas companhias, o complexo bancário do país também mostrou mudanças. As ações mais líquidas do Bradesco caíram 4,52%, assim como as do Santander em -3,23%, Itaú em -3,96% e Banco do Brasil,-2,25%.

A Vale fechou o dia em baixa de 1,8% após a mineradora anunciar que está avançando no processo de venda de suas operações em Nova Caledônia

“O dia foi de otimismo, mas houve movimentos pontuais em alguns setores. O de aviação, por exemplo, trouxe o processo de recuperação judicial da Latam, que afetou as outras empresas do setor. Os bancos sofreram com rumores de que pode haver aumento de carga tributária sobre seus lucros”, explicou Ricardo.

No decorrer do dia, os investidores deram destaque novamente ao “alívio político” após a divulgação do vídeo da reunião ministerial do dia 22, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Os especialistas analisam que não há desdobramentos imediatos do caso, que trata da acusação do ex-ministro da Justiça Sergio Moro de que o presidente Jair Bolsonaro tentou intervir na Polícia Federal.

De acordo com Pablo Spyer, da Mirae Asset, a Bolsa brasileira também sentiu os reflexos do otimismo externo.