Licença-maternidade para autônomas: entenda regras e valores do benefício

Trabalhadoras autônomas agora contam com licença-maternidade. Regra anterior previa que o benefício seria concedido apenas após um determinado tempo de contribuição. Confira as vantagens e desvantagens dessa categoria.

Licença-maternidade para autônomas: entenda regras e valores do benefício (Imagem: FDR)

Por decisão do Supremo Tribunal Federal as trabalhadoras autônomas passam a ter direito a licença-maternidade em menos tempo. Além dessa categoria, as produtoras rurais e mulheres que não trabalham mas contribuem com o INSS poderão ter acesso ao benefício.

A pauta foi aprovada pelo STF por seis votos a cinco, com votos favoráveis dos seguintes ministros: Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli e Edson Fachin.

A decisão do STF aconteceu durante a votação da revisão da vida toda do INSS. Nossa especialista Laura Alvarenga te explica melhor sobre essa revisão, confira.

Licença-maternidade

Essa licença é um benefício do INSS que tem duração variando de 14 a 180 dias. Ele é concedido em caso de nascimento de filho, aborto não criminoso, adoção ou guarda judicial para fins de adoção.

Quanto ao valor recebido, para quem contribuiu apenas uma vez o valor será o mesmo do último salário. Para o novo grupo as regras ainda devem ser definidas, o que deve acontecer após a União entrar com recurso.

A partir disso alguns pontos sobre a decisão do STF devem ser esclarecidos e o valor do benefício, por exemplo, deve ser definido.

Licença maternidade para trabalhadoras autônomas

Até então para ter acesso a esse benefício era necessário ter feito, pelo menos, 10 contribuições ao INSS, o chamado tempo de carência. Agora, as trabalhadoras passam a ter esse direito garantido já a partir do pagamento da primeira contribuição.

Além disso, quem estiver no chamado período de graça também tem direito ao benefício. Essa situação acontece quando o segurado deixa de contribuir com o INSS, e mesmo assim continua sendo coberto.

Onde e quando pedir o salário-maternidade?

O tempo e o local em que a trabalhadora vai pedir o salário-maternidade dependem da categoria em que ela se encaixa, confira na tabela abaixo:

Evento gerador  Tipo de trabalhador  Onde pedir?  Quando pedir?  Como comprovar?
Parto Funcionária de empresa privada Na empresa A partir de 28 dias antes do parto ou a partir do parto

·         Atestado médico (caso se afaste 28 dias antes do parto)

·         Certidão de nascimento ou de natimorto

Desempregada No INSS A partir do parto Certidão de nascimento
Demais seguradas No INSS A partir de 28 dias antes do parto ou a partir do parto

·         Atestado médico (caso se afaste 28 dias antes do parto)

·         Certidão de nascimento ou de natimorto

Adoção Todos os adotantes No INSS A partir da adoção ou guarda para fins de adoção Termo de guarda ou certidão nova
Aborto não intencional Empregada (de empresa privada) Na empresa A partir da ocorrência do aborto Atestado médico comprovando a situação
Demais trabalhadoras No INSS

O INSS faz a separação entre o salário-maternidade urbano e rural, nessa matéria te explico melhor, confira.

Vantagens e desafios de ser autônomo no Brasil

  • Liberdade e flexibilidade de horários, como empreendedor é possível que você mesmo faça a sua jornada de trabalho;
  • Possibilidade de personalização e colocar a sua cara no seu trabalho;
  • Potencial de ganho, escolhendo a “área certa” é possível ter ganhos maiores do que em um emprego formal;
  • Possibilidade de trabalhar em casa ou em qualquer lugar.

Por outro lado, o profissional que atua de forma autônoma enfrenta alguns desafios em seu dia-a-dia, como:

  • Acúmulo de funções dentro da empresa, principalmente se você não tem um funcionário;
  • Instabilidade financeira, afinal, o lucro pode ser variável;
  • Ausência de benefícios, como 13º salário, férias remuneradas e FGTS.
  • Captação de clientes.

As empreendedoras podem contar com um curso gratuito oferecido pelo Google, saiba mais.

 

Jamille NovaesJamille Novaes
Formada em Letras Vernáculas pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), a produção de texto sempre foi sua paixão. Já atuou como professora e revisora textual, mas foi na redação do FDR que se encontrou como profissional. Possui curso de UX Writing para Transformação Digital, Comunicação Digital e Data Jornalismo: Conceitos Introdutórios; e de Produção de Conteúdos Digitais.