Mais empresas contarão com auxílio durante a crise. Nessa semana, a equipe econômica do governo federal anunciou que está planejando aumentar o número de empreendedores que serão segurados pela linha de crédito do poder público. O empréstimo funciona como uma forma de garantia para manter a folha de pagamento de pequenos e médios negócios em dia e faz parte do pacote de contenção da crise gerada pelo novo coronavírus.
No primeiro texto da MP, o ministério da economia determinou que as linhas de financiamento seriam ofertadas para empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil a R$ 10 milhões. No entanto, nos últimos dias, foi anunciado uma mudança que permitirá empréstimos para quem estiver acima do teto estipulado.
Até o momento, o novo valor não foi divulgado, mas de acordo com fontes do governo, será anunciado ainda nas próximas semanas. Com essa ampliação, espera-se que mais empresas sejam embarcadas no projeto. De acordo com os relatores do projeto, a ação reduzirá o número de demissões e fechamento de marcas.
Repasse financeiro
No que diz respeito ao custeio do projeto, 85% ficou sob responsabilidade da União e os demais 15% será mantido pelos bancos que atuarem com o serviço.
Para poder garantir seu funcionamento, foi ofertada uma linha de R$ 40 bilhões à disposição das marcas. Até o momento, desse total foram repassados R$ 1,7 bilhão para cerca de 71,4 mil empresas.
Dificuldade para ter acesso ao crédito
Apesar do projeto já estar em circulação, muitos empresários e microempreendedores afirmam ter dificuldades para conseguir o financiamento. Eles alegam que há uma resistência por parte das instituições bancárias que não respondem as solicitações de contrato.
Quanto a isso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), acredita que os bancos estão de fato tendo resistência em liberar o crédito, tendo em vista que esses 15% destinados a eles poderão não ser pagos, pois há um cenário de instabilidade econômica.
Desse modo, a instituição está estruturando um aporte que garantirá mais R$ 20 bilhões ao Fundo Garantidor para Investimentos do BNDES. O recurso será validado por meio de uma nova MP e funcionará como um complemento de garantia para os bancos.