Nesta quarta-feira (13), o coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, Dimas Covas, disse que se as taxas de isolamento social não aumentarem o estado vai caminhar para o decreto de lockdown em alguns municípios.
No entanto, ele ainda não adiantou quais serão essas cidades e quais são as medidas que poderão ser adotadas, mas destacou que as áreas que tiveram os piores índices da pandemia são a região metropolitana de São Paulo e a Baixada Santista.
Mesmo não tendo uma definição única, o “lockdown” é a medida mais radical imposta por governos para que haja distanciamento social. Isso incluí uma espécie de bloqueio total em que as pessoas devem obrigatoriamente ficar em casa.
Cada país ou região define de que forma este fechamento será feito e quais são os serviços considerados essenciais que continuam funcionando.
Ao impor um “lockdown”, a circulação fica proibida, a não ser que ela se dê, por exemplo, para compra de alimentos, transporte de doentes ou realização de serviços de segurança. As atividades essenciais funcionam com controle das autoridades.
Apesar disso, Bruno Covas, prefeitura da cidade de São Paulo, disse que existem alguns critérios internacionais para que esse tipo de medida seja aplicado, como a ocupação dos leitos de UTI acima de 90% e a taxa de transmissão do vírus superior ao 1.
Em São Paulo, 68% dos leitos de UTI estão ocupados, e na capital o índice está em 87%.
“A associação desses dois fatores determina o tranca rua. Estamos reunindo os critérios para começar a considerar essa possibilidade se não ocorrer uma inflexão na taxa de isolamento e do número de leitos”, disse o coordenador do comitê.
Nesta tarde, o governador João Doria afirmou que não descarta a possibilidade de lockdown para controlar a disseminação da pandemia.
Além disso, o governador também anunciou que não cumprirá o decreto do presidente Jair Bolsonaro que ampliou as atividades essenciais durante a pandemia do novo coronavírus.
“Ofender governadores e prefeitos não trará contribuição para o enfrentamento desta pandemia com bom senso, equilíbrio e paz no nosso país”, afirmou Doria.