Embate no poder público: Governadores comunicam que NÃO vão aderir ao decreto de Bolsonaro

Nesta segunda-feira (11), o presidente Jair Bolsonaro decidiu incluir as academias e salões de beleza entre as atividades essenciais para funcionamento na pandemia do coronavírus. Essa decisão do presidente gerou uma reação negativa entre os governadores, que pelo que demonstram não irão aderir a essas novas regras.

Embate no poder público: Governadores comunicam que NÃO vão aderir ao decreto de Bolsonaro
Embate no poder público: Governadores comunicam que NÃO vão aderir ao decreto de Bolsonaro (Imagem: Google)

O governador do estado do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), disse que é necessário cuidar com seriedade da doença e que o decreto estadual vai continuar valendo. 

Em uma conta na rede social Twitter, o governador ironizou que “O próximo decreto de Bolsonaro vai determinar que passeio de jet ski é atividade essencial?”, escreveu, referindo-se ao passeio de Bolsonaro no sábado (9), quando o país chegava aos 10 mil mortos pela Covid-19.

O Maranhão foi o primeiro estado do país que adotou o lockdown, que é a versão mais restrita de isolamento, tudo para conter o avanço do coronavírus entre a população. A capital do estado já é a terceira cidade com mais casos e mais óbitos por 1 milhão de habitantes.

Seguindo esta linha, o governador do Pará, Heber Barbalho (MDB), disse em seu Twitter que não vai fazer mudanças. 

“Reafirmo que aqui no Pará essas atividades (academias e salões de beleza) permanecerão fechadas. A decisão é tomada com base no entendimento do STF”, o governador em sua conta no Twitter.

O estado do Ceará, está com o seu sistema de saúde quase em colapso, o governador Camilo Santana (PT) seguiu o mesmo posicionamento que os outros, e disse que a cidade vai continuar em lockdown.

Outros governadores de estados nordestinos, como Paulo Câmara (PSB) de Pernambuco, Wellington Dias (PT) do Piauí e Rui Costa (PT) da Bahia, afirmaram que irão continuar com o isolamento social.

João Doria (PSDB), governador de São Paulo não fez comentários sobre o novo decreto do presidente, mas fez uma lista com os estabelecimentos que podem permanecer abertos. Nesta lista, não estava incluso academias e salões de beleza.

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), também anunciou que não cumprirá o decreto.

No Rio de Janeiro, o governador Wilson Witzel, fez críticas ao decreto presidencial. O estado está em quarentena até 31 de maio, e mesmo assim os casos de coronavírus não param de crescer. 

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