O banco digital alemão N26, conhecido como “Nubank Internacional”, criado em 2013, anunciou um aporte de 100 milhões de dólares com o objetivo de se preparar para a crise do novo coronavírus.
O presidente do N26, Valentin Stalf, afirmou à CNBC que a companhia quer estar “bem preparada” para todos os impactos financeiros.
Ainda de acordo com informações da CNBC, o investimento foi liderado por investidores que já haviam aportado antes no N26, como por exemplo, a empresa de tecnologia chinesa Tencent e a Valar Ventures, fundo de capital de risco do empresário americano Peter Thiel, criador do PayPal.
Ao todo, o banco digital já levantou cerca de 770 milhões de dólares em aportes e tem valor de mercado de 3,5 bilhões de dólares atualmente. A crise do Covid-19 também é um dos motivos por trás da decisão do N26 em levantar mais dinheiro.
O uso do N26 caiu em março no começo do lockdown, com redução dos gastos por parte da população, mas o N26 afimou que, à medida em que a quarentena avançou, as transações se recuperaram. Porém, o maior problema do setor financeiro em meio à crise deve ser o aumento da inadimplência.
No Brasil, bancos como o Itaú e o Bradesco, aumentarem suas previsões para perdas esperadas com “calotes”, o que levou as instituições financeiras à redução do lucro já no primeiro trimestre.
O banco digital N26 atualmente possui 5 milhões de clientes na Europa, sendo um dos maiores em meio à onda de bancos digitais que tomou conta não só do continente europeu, como também do mundo na última década.
O banco alemão chegou a anunciar em 2019 que começaria a operar no nosso país e se tornaria um dos concorrentes do banco digital Nubank. Até hoje está no ar uma página da fintech para que clientes se cadastrem na lista de espera. Contudo, a marca não se pronunciou mais sobre a entrada no país desde então.