O Governo Federal tinha divulgado que a segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600 liberado para brasileiros durante a pandemia do novo coronavírus, tinha sido antecipado. Mas, na noite desta quarta-feira (22) o anúncio foi revogado.
Este impasse foi detalhado pelo presidente Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira, pontuando que a antecipação prevista foi anunciada sem a sua autorização. Desta forma, causando uma divergência dentro do governo.
Vale relembrar que o anúncio foi realizado na última segunda-feira (20) durante coletiva no Palácio do Planalto na qual participaram o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, e o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni.
Mas ontem (22), Ministério da Cidadania voltou atrás. A justificativa detalhada é que não havia recursos para o repasse imediato aos brasileiros. Isto porque, o impacto provocado pela adesão do auxílio foi maior do que previsto.
Bolsonaro utilizou as redes sociais para orientar aos seus seguidores que o auxílio não foi cancelado. No comentário o presidente destacou que “um ministro anunciou sem estar autorizado que iria antecipar a segunda parcela”.
Em uma justificativa a ação de negar o antecipamento, Bolsonaro é enfático ao pontuar que primeiro será necessário pagar a todos a primeira parcela. Segundo ele “dinheiro depende de crédito suplementar já que ultrapassou em quase 10 milhões o número de requerentes“.
No contraponto da declaração, Ministério da Cidadania destacou nesta quarta-feira que todo o valor referente as três parcelas, o equivalente a R$ 32,7 bilhões cada uma, já foram repassadas para a Caixa Econômica Federal.
Em números, 12 milhões de trabalhadores ainda não receberam a primeira parcela. De acordo com a Caixa, às 7h desta quinta (22), 45,9 milhões brasileiros não inscritos no Cadastro Único solicitaram por meio do aplicativo e site o auxílio.
Senado aprovou projeto que poderá ampliar as categorias que recebem o benefício. O texto pontua que pais solo e mães de crianças adolescentes poderão também receber o benefício.
Agora o cronograma de pagamentos da segunda parcela do auxílio emergencial só será anunciado em maio, segundo a nota divulgada a imprensa. O Ministério menciona ainda que foi alertado pela Controladoria Geral da União (CGU) sobre a questão orçamentária.