O Governo Federal anunciou que o programa Desenrola Brasil será capaz de tirar 37 milhões de cidadãos brasileiros do cenário de endividamento. Para ajudar os consumidores a “limparem o nome”, será feito um investimento na margem de R$ 10 bilhões para garantir a renegociação de dívidas.
A previsão do Governo Federal é para que o investimento estipulado seja capaz de renegociar R$ 50 bilhões em dívidas. O programa Desenrola Brasil começou a ser elaborado ainda em 2022 pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
O Desenrola Brasil surgiu a partir do descontentamento com a situação das famílias brasileiras. Conforme apurado, cerca de 80% dos cidadãos ficaram endividados nos últimos quatro anos. O cenário era ainda mais grave em lares chefiados por mulheres.
No início do ano, os gastos tendem a se exceder devido aos impostos como IPVA e IPTU, bem como a compra de materiais escolares. Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apontam que a taxa de famílias endividadas cresceu em 0,3% entre os meses de janeiro e fevereiro, chegando à margem de 78,3%.
A implementação do Desenrola Brasil terá a capacidade de auxiliar essas famílias através da renegociação de dívidas. Essas pessoas assumirão o compromisso de quitar os débitos sem comprometer o orçamento. Qualquer pessoa poderá participar. Lembrando que quanto menor for a renda familiar, maior será o desconto.
Como funcionará o Desenrola Brasil?
Fontes do governo explicaram que o programa Desenrola irá contar com fundo garantidor com recursos públicos para ser possível a renegociação de dívidas para quem recebe a quantia de até dois salários mínimos.
Segundo essas fontes, o objetivo é fazer com que o programa seja aplicado para os devedores de todas as rendas. No caso das faixas mais altas, esse risco ficará com os bancos. A iniciativa também tem o intuito de ampliar a atuação de combate à inadimplência.
O montante, que deve chegar de R$ 10 bilhões a R$ 20 bilhões, será usado tendo como foco as pessoas com renda mais baixa, com o intuito de fazer com que as instituições ampliem o limite mínimo de juros ao máximo possível, além dos prazos. O programa, que foi uma das promessas de campanha de Lula (PT), coloca em prática a ideia de incluir os mais pobres no Orçamento.