O Nubank foi mais um dos afetados devido às fortes variações dos ativos da Americanas na última semana. Com diversos investimentos em crédito privado e parte dos recursos alocada em títulos de dívida, mais conhecidos como debêntures, da empresa varejista, algumas carteiras do banco digital apresentaram rentabilidade negativa e geraram uma onda de reclamações nas redes sociais.
Entre os fundos do Nubank que sentiu maior impacto, o “Nu Reserva Imediata”, uma das opções oferecidas pelo banco para guardar dinheiro para uma reserva de emergência, viu sua rentabilidade cair e ficar negativa.
Apesar de ser uma das opções mais usadas, o banco reforçou, em comunicado oficial, que a sugestão padrão para os clientes que criaram uma Caixinha como “Reserva de Emergência” é o investimento em Recibos de Depósitos Bancários (RDB), que possui alta liquidez e grau de investimento.
Nubank tem carteiras no vermelho
Segundo os últimos dados apresentados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a carteira do “Nu Reserva Imediata” tinha cerca de 1% de seu patrimônio alocado em duas debêntures da Americanas.
Por isso, a carteira de investimentos que antes entregava ganhos equivalentes a 109% do CDI, passou a apresentar um retorno médio de 37% nos últimos 30 dias, de acordo com informações disponibilizadas pelo aplicativo do banco neste domingo (15).
O fundo tinha aplicação mínima de R$ 1 e era apresentado pela instituição como sendo de “baixo risco e alta liquidez”, e indicado para “investidores que não querem correr muitos riscos e com uma expectativa de retorno melhor que o da poupança”.
As variações do fundo, que conta com mais de 1,2 milhão de cotistas, sendo o maior do tipo no Brasil, assustaram os investidores. Nas redes sociais, foram várias as publicações com reclamações ou alertas. O banco esteve entre os assuntos mais comentados na tarde de domingo.
Em nota, a Nu Asset Management, gestora de investimentos do Nubank, afirmou que o fundo de renda fixa “Nu Reserva Imediata” possui uma estratégia desenhada para ser uma opção de baixo risco e “altíssima liquidez” e busca um desempenho acima do CDI ao longo do tempo.
A gestora ainda destacou que a carteira possui um retorno nominal (sem descontar a inflação) positivo de 2,72% nos últimos 90 dias e “segue trajetória de rentabilidade de longo prazo, apoiada pela diversificação de investimentos”.