Grupo de motoristas que não tiverem este registro receberá multa de quase R$ 300

No final do ano passado, foi aprovado pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito) o novo Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito. Entre as novidades, está uma regra que recai diretamente para os motoristas profissionais. 

As carteiras de motorista (CNH) daqueles que utilizam o veículo como ferramenta de trabalho, precisam possuir a inscrição EAR, isto é: exerce atividade remunerada. A partir deste ano, o motorista que for flagrado trabalhando sem a autorização, fica sujeito a uma multa gravíssima, fora o pagamento de R$ 293,47 e  sete pontos na carteira, além da apreensão do veículo.

A determinação é válida para todos que trabalham como motoristas profissionais, inclusive quem trabalha com transporte por aplicativo, taxistas, transporte escolar e individual, mototaxistas e transporte de passageiros e cargas em geral. 

Fora isso, também é determinado pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) que a informação deve constar no Renach, ou Registro Nacional de Carteiras de Habilitação.

Como pedir o EAR

O interessado em incluir esta informação em sua carteira de habilitação precisa solicitar através do portal do Detran, passar por uma avaliação psicológica, que cista R$131,90 e recolher a taxa de R$ 124,06 no Detran, relativa a emissão e envio de uma nova CNH. Também, é possível utilizar o documento digital que consta  no aplicativo da Carteira Digital de Trânsito (CDT).

É importante saber que existem algumas vantagens nas regras de pontuação para os motoristas profissionais. Diferente dos motoristas normais que o limite de 40 pontos não é fixo, uma vez que isso depende das falhas cometidas. No caso dos portadores de EAR não existe alteração. Sendo assim, seja qual for a natureza da multa, o limite de 40 pontos é permanente.

Fora isso, segundo a Lei 14.071/20, sempre que os motoristas alcançarem a marca dos 30 pontos, os motoristas com EAR podem fazer um curso preventivo de reciclagem. Isso significa que a pontuação é zerada e não contabilizada nos meses seguintes.

Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.