Neste momento, existem duas ações brasileiras que se tornaram as preferidas dos investidores para 2023 quando falamos de dividendos: Banco do Brasil e Petrobras. O motivo da Petrobras ser citada é evidente: a estatal foi responsável pelos maiores proventos do ano no Brasil e, em um certo momento, em todo o mundo.
Atualmente, a empresa possui um dividend yield médio de 75% considerando o acumulado dos últimos 12 meses, o que dá o mesmo que R$16 por ação. É importante destacar que este é um valor muito fora da curva.
O Banco do Brasil, por sua vez, é uma empresa do setor financeiro que costuma pagar ótimos dividendos. O BB é conhecido por ser previsível, rentável e resiliente, três características que são fundamentais para fazer com que seja um bom pagador de dividendos.
Mesmo que os dividendos não sejam tão elevados como os da Petrobras, os dividendos do Banco do Brasil também são chamativos. Considerando o acumulado dos últimos 12 meses, ele teve um dividend yield de 11%.
Analisando, isto dá 4 reais por ação, patamar muito bom, considerando que os dividendos do Banco do Brasil são trimestrais.
Governo Lula
Mas será que o governo comandado por Lula será uma ameaça para os dividendos destas empresas em 2023? A questão é levantada pois o novo presidente deseja que as estatais se concentrem em novos investimentos e políticas públicas e menos na remuneração dos acionistas. Isto significa dividendos menores.
Mas isto não é razão para desanimar, uma vez que o ano ainda não começou e muita coisa pode mudar.
A Petrobras é a única empresa do Brasil a aparecer na lista das dez maiores pagadoras de dividendos do mundo. Antes ocupando a quarta posição, a mineradora Vale despencou para a 15ª posição no terceiro trimestre deste ano.
No trimestre em questão, os dividendos da mineradora totalizaram US$3,261 bilhões, uma queda de 56% em relação ao comparação com o mesmo período em 2021.
Aqui no Brasil, agentes do mercado financeiro possuem questões sobre as chances de a Petrobras se manter no nível atual de distribuição, por conta da alteração no governo federal, com o novo governo comandado por Luiz Inácio Lula da Silva. Integrantes do PT vem demonstrado desapontamento com os pagamentos feitos pela estatal.