Investidores vão continuar mais CONSERVADORES até que ISTO aconteça

Após a grande queda nas aplicações financeiras de risco diante da Taxa Selic em alta, na visão da diretora geral da BlackRock no Brasil, Karina Saade, os brasileiros voltarão a apostar fortemente nestes ativos somente com a taxa básica de juros ficar abaixo dos 10% ao ano. 

Esta fala de Saade foi dada em um evento que reuniu jornalistas realizado pela mais importante gestora de fundos de investimentos do mundo, que possui US$8,5 trilhões de dólares sob gestão, na última quarta, 30.

“Enquanto a taxa continuar alta, os clientes seguirão menos propensos a assumir risco”, afirmou ela. “Os juros precisam baixar para menos de 10% para acontecer uma retomada significativa da tomada de risco”, disse. Ela preferiu não tentar prever quando a taxa Selic irá diminuir, mas acredita que a taxa vai recuar no médio e longo prazo.

A taxa Selic subiu de maneira vertiginosa desde o mês de abril do ano passado, indo de 2% para 13,75% ao ano, como forma de segurar a inflação. 

Era esperado pelos economistas que o Banco Central reduzisse a taxa em algum momento do próximo ano, no entanto, no decorrer deste mês as projeções se alteraram. Depois das eleições e da pressão para aumento de despesas do governo, os juros futuros começaram a sinalizar que o mercado espera alta em 2023.

De acordo com o estrategista-chefe de investimento para América Latina da BlackRock, Axel Christensen, há uma possibilidade do BC reduzir os juros no próximo, já que começou a elevar a Selic mais cedo para segurar a inflação. Em sua visão, por conta disso, o Brasil pode ser menos abalado pela chance de recessão da economia mundial, que vem crescendo.

Ele diz ainda que o risco fiscal pode não se refletir muito na percepção do Brasil entre investidores de fora, pois o país não está sozinho. “O Brasil não está sozinho no risco fiscal. Vemos pressão para aumentar gastos em países como Chile e Colômbia, e nos países desenvolvidos, como no Reino Unido”, disse ele ao Valor Investe.

A BlackRock aposta ainda em cinco grandes tendências globais para os investidores de longo prazo: avanços tecnológicos, mudanças demográficas e sociais, rápida urbanização, mudanças climáticas e mudanças de poder econômico.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.