A Meta, empresa que ficou conhecida mundialmente como Facebook, teve um novo tombo após a divulgação balanço do terceiro trimestre do ano. Na manhã de ontem, 27, a empresa derretia 20%, no pré-market da Nasdaq, aptos revelar sua segunda queda de receita consecutiva e um lucro 52% mais baixo que o obtido no mesmo período do ano passado, quando o lucro tinha sido de US$9,2 bilhões. Agora, o lucro foi de US$4,4, bilhões.
A empresa, dona de aplicativos como Instagram e WhatsApp, estava valendo US$1 trilhão recentemente, em setembro do ano passado, caindo para US$280 bilhões agora, o que representa um tombo de 72%. Estes US$ 4,4 bilhões conquistados no trimestre deixam a companhia de Mark Zuckerberg com um P/L (preço/lucro) de 10. Com isso, o valor de mercado da Meta é equivalente a 10 vezes o lucro dos últimos doze meses.
P/Ls baixos, tipo 10, sinalizam que a empresa está com a saúde boa e o preço da ação está em um patamar que pode ser chamado de racional. A questão é que, no universo das big techs, os investidores ficaram condicionados ao que foi chamado de “exuberância irracional” pelo economista Robert Shiller: aposta-se sempre em aumento acelerado, constante, brutal, nos lucros. No entanto toda tempestade tem fim, como mostraram claramente os balanço da Meta e da Alphabet (Google) e da Microsoft.
Os futuros desta quinta, 27, são os maiores exemplos da racionalização de preço do universo big tech. Os da Nasdaq, bolsa que é ancorada em companhias de tecnologia, caíram 0,65%.
Já os do Dow Jones, que engloba empresas mais tradicionais, iam na direção contrária: tendo alta de 0,44%. Por fim, o S&P 500, que reúne as 500 maiores empresas americanas em apenas um grupo, ficou no zero a zero (0,04%)
No Brasil, a Ambev teve um balanço bittersweet, com queda nos lucros de 13,4% no terceiro trimestre do ano, quando comparamos com o mesmo período do ano passado, obtendo R$3,2 bilhões. Apesar disso, o lucro antes de juros, impostos e demais deduções contábeis (Ebitda) foi mais alto do que o projetado: R$ 5,6 bi, contra R$ 5,2 do consenso apurado pela Refinitiv