Conta conjunta é uma boa opção para casais, porém cuidados precisam ser tomados

Diversos fatores que aconteceram recentemente no Brasil e no mundo contribuíram para um cenário de insegurança econômica. Entre estes fatores estão a pandemia, o conflito na Ucrânia, dólar em alta, inflação, entre outros. Entenda mais sobre conta conjunta.

Um controle de gastos não se reflete apenas na forma em que as pessoas se alimentam ou o que compram, mas pode afetar diretamente as relações interpessoais.

De acordo com um levantamento de 2019 feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Banco Central do Brasil (BCB), 46% dos casais brasileiros se desentendem devido a questões financeiras, sendo o principal motivo os gastos realizados por uma das partes além de suas condições econômicas (38%).

Também foi dito pelos casais que foram entrevistados que as brigas acontecem pelo fato do parceiro gastar tudo o que recebe e não criar uma reserva (27%), desacordo em relação aos custos diários (25%) e atraso no pagamento de contas (25%).

Uma das soluções para o problema é a conta conjunta, já que permite uma gestão financeira maior entre as duas pessoas. No entanto, dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo apontam que 78% dos brasileiros se encontram endividados devido à situação econômica do país, o que pode gerar transtornos ao juntar as contas bancárias com o parceiro.

O que é uma conta conjunta?

Conta conjunta, ou conta compartilhada, é uma conta bancária com mais de um titular. Geralmente, é muito associada a casais, mas também pode ser usada por membros de uma família, amigos ou sócios – não existe obrigatoriedade em relação ao parentesco.

Os envolvidos podem usar cartão de crédito e débito, fazer saques e transferências e contratar empréstimos.

Existem duas categorias:

  • Conta conjunta solidária: todos os titulares podem fazer movimentações de forma independente.
  • Conta conjunta não-solidária ou simples: a assinatura de cada correntista é necessária para a realização de movimentações.

A abertura desse tipo de conta é bastante similar a de uma individual. A diferença é que todos os titulares devem apresentar seus documentos (identidade, CPF, comprovante de renda e de residência).

Como migrar de uma conta individual para conjunta?

Se os interessados tiverem conta no mesmo banco, basta irem a uma agência com todos os documentos necessários e solicitar a adição do co-titular.

Também é possível abrir uma conta compartilhada totalmente nova – seja no banco em que ao menos uma das partes já tem conta ou em qualquer outro –, sem recorrer à migração de categoria.

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Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.