Conheça os direitos do TRABALHADOR INFORMAL reconhecidos pela lei

O trabalhador informal é aquele que atua prestando serviços sem registro em carteira, o que é conhecido popularmente como freelancer ou até “fazer bico”. Isso porque, somente quando o cidadão é registrado com carteira de trabalho é que ele pode ser reconhecido pela empresa e recebe benefícios trabalhistas. Mas, quem atua na informalidade não tem nenhuma proteção?.

Conheça os direitos do TRABALHADOR INFORMAL reconhecidos pela lei
Conheça os direitos do TRABALHADOR INFORMAL reconhecidos pela lei (Imagem: FDR)

A partir da assinatura da empresa na carteira de trabalho do cidadão, ele passa a ser protegido pela Consolidação de Leis Trabalhistas (CLT). Isso significa que garante bônus salariais e proteções caso seja demitido sem justa causa, em acordo com o empregador, e até mesmo por justa causa. No caso, no entanto, em que atua como trabalhador informal, o cidadão fica desprotegido. 

Por lei a empresa não precisa fazer o pagamento de benefícios como 13° salário ou férias caso o trabalhador não seja registrado. Neste caso, se o pagamento acontecer é por conta de um acordo entre as partes. No caso de recusa do empregador em formalizar o funcionário, a recomendação é que haja denuncia na Delegacia do Trabalho para que a empresa seja penalizada.

Como comprovar vínculo empregatício sem carteira?

Em uma situação em que o trabalhador informal gostaria de comprovar que prestou serviços para determinada empresa sem nenhum tipo de benefício, ele pode usar alguns artifícios. Por exemplo, quando o empregador tem as seguintes atitudes:

  • Determina horário de entrada e saída do trabalhador da empresa;
  • Força que seja feita hora extra.

A comprovação de que o trabalhador formal tem vínculo de emprego pode ser feita por meio do registro de ponto, ou conversas por aplicativos de mensagem de texto, por exemplo.

Como formalizar o trabalhador informal

A fim de garantir algum tipo de proteção, o trabalhador informal pode formalizar sua prestação de serviços por meio do Micro Empreendedor Individual (MEI). Para isso, ao abrir sua pequena empresa consegue contribuir com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), permitindo o acesso a benefícios previdenciários.

Neste caso é preciso pagar de R$ 60,60 a R$ 66,60 por mês, em referência ao ano de 2022, a fim de contribuir para o Simples Nacional. A empresa pode ser aberta no Portal do Empreendedor. Ainda assim, não é garantido o pagamento de seguro desemprego, FGTS, e demais benefícios para o trabalhador formal.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com