Ao comparar os valores do feijão e arroz, itens básicos no cardápio do brasileiro, o Procon do Rio de Janeiro viu diferenças. Foram comparados os meses de novembro de 2021, e julho e agosto de 2022, antes e depois do governo estadual isentar a cobrança do ICMS. Para a maioria das marcas de arroz, a redução de preço foi de 4% em todo o estado.
Em 1° de julho, o governador Claudio Castro anunciou o corte do ICMS de 32% para 18%. O principal alvo, que contou com incentivo do governo federal, foi o de diminuir o valor cobrado nos postos de combustíveis. A expectativa era de redução média de R$ 1,19 no preço do litro da gasolina, e de R$ 0,79 no do etanol. Mas antes disso, em novembro de 2021 os itens como os alimentos, já haviam sido diretamente afetados.
No ano passado, desde 1° de novembro, o estado isentou a cobrança do ICMS nas operações internas com arroz e feijão, por meio da Lei Estadual 9391/21. Desde então, o Procon passou a observar quanto era cobrado nestes produtos em 34 estabelecimentos de dez municípios cariocas.
Foi então que a instituição percebeu que a maior redução foi encontrada na cidade de Cabo Frio, onde uma mesma marca de feijão diminuiu 87% do seu valor entre novembro de 2021 e julho e agosto deste ano. Enquanto o valor do arroz caiu 66%. Na média geral, o abatimento da região foi de 32%.
Como o ICMS barateou os alimentos no Rio de Janeiro
Foram analisadas 12 marcas de arroz de 1 kg e 5 kg, onde foi possível observar que pelo menos 8 supermercados apresentaram queda nos valores. De todas as nove marcas analisadas sobre o feijão, a redução foi de -2% e -38%. Em Campo Grande, todos os itens analisados tiveram diminuição de preço de 7% e 10%.
Praticamente todos os municípios observados contaram com queda nos valores do arroz e do feijão para diferentes marcas. Na cidade de Macaé, por exemplo, a variação chegou a -27% no preço do arroz e -32% no preço do feijão. E os valores claro, puderam ser sentidos pelos consumidores também.
“O levantamento reforça o reflexo do impacto da lei que reduziu o ICMS e que é possível conseguir economizar se o consumidor realizar uma pesquisa de preços entre marcas e supermercados“, avalia o presidente do Procon-RJ, Cássio Coelho.
Vale dizer que não é apenas a cobrança deste imposto que influencia no valor final do produto. Mas, seu estoque, possíveis promoções do supermercado, custos para adquirir o produto, e a margem de lucro do comércio.