O setor de serviços dominou a criação de vagas de emprego no Brasil nos últimos 12 meses encerrados em maio. Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apontam que a profissão de faxineiro, por anos desvalorizada, é a que está em alta no momento.
Não só a profissão de faxineiro, como também a de auxiliar administrativo, lideram a criação de vagas de emprego no Brasil. No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em maio foram gerados 163.459 e 122.511 postos de trabalho, respectivamente. Os dados se baseiam no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).
Ao todo, 10 profissões que mais criaram vagas de emprego com carteira assinada foram avaliadas. Portanto, atrás dos faxineiros e auxiliares administrativos, os cargos que dominam o mercado são:
- Vendedor de comércio varejista;
- Alimentador de linha de produção;
- Auxiliar de escritório;
- Servente de obras;
- Atendente de obras;
- Atendente de lojas e mercados;
- Auxiliar nos serviços de alimentação;
- Atendente de lanchonete e motorista de caminhão.
Mas não é só isso, a apuração também considerou o ranking das profissões com maior expansão percentual no que compete ao número de vagas. Neste sentido, foram identificadas:
- Auxiliar de logística;
- Garçom;
- Estoquista;
- Analista de negócios;
- Auxiliar de desenvolvimento infantil;
- Auxiliar nos serviços de alimentação;
- Camareiro de hotel;
- Trabalhador de confecção de calçados;
- Atendente de lanchonete;
- Atendente de lojas e mercados.
Características das principais vagas de emprego criadas
O total de faxineiros com carteira assinada no Brasil atingiu a marca de 1,79 milhão. A expansão observada foi de 10% em 12 meses, índice que supera o cenário pré-pandemia. Em fevereiro de 2020, por exemplo, havia 1,59 milhão de faxineiros formais.
A prestação de serviços é um reflexo de como o setor percorreu uma expansão notória nos últimos 12 meses. Este cenário representa a retomada da reabertura econômica e das atividades a caráter presencial.
“O setor de serviços foi o último a reagir e é o que está impulsionando o mercado de trabalho. As empresas reabrindo passam a demandar mais serviços como os de faxina”, afirma Fabio Bentes, economista da CNC e autor do levantamento.
Destacando também que, apesar da queda do desemprego e do maior número de empregos com carteira assinada no país, o levantamento mostra que a criação de vagas tem sido puxada por cargos de baixa remuneração e que demandam pouca qualificação.